16 de outubro de 2024

Aeronave dos bombeiros que caiu relatou condições de ausência de visibilidade

Essa foi a última informação transmitida pela tripulação antes da queda. Buscas começaram após acionamento do dispositivo de emergência e duraram 12 horas. Helicóptero da Polícia Militar ajuda nas buscas
Arquivo pessoal/Leidiana de Fatima
A aeronave do Corpo de Bombeiros que caiu após auxiliar nas buscas de outro acidente aéreo no distrito de São Bartolomeu, em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, relatou condições de ausência de visibilidade e de segurança para retorno. Essa foi a última informação recebida pela corporação. Os seis ocupantes morreram.
Segundo o tenente Henrique Barcellos, porta-voz dos bombeiros, a Força Aérea Brasileira (FAB) identificou o acionamento do dispositivo de emergência do helicóptero, que transmite dados de localização, no final da tarde desta sexta-feira (11).
Mais de 80 pessoas foram empenhadas nas buscas pela aeronave. Os trabalhos duraram 12 horas.
“A aeronave tinha deslocado a Ouro Preto para atender outro acidente aeronáutico […]. Ao chegar lá, a aeronave informou a condição de ausência de visibilidade, ausência de segurança para retorno. Essa foi a última informação que nós tivemos. A partir do momento da comunicação de emergência por esse dispositivo transmissor, nós rechecamos isso com o envio de equipes até o local”, explicou o tenente Barcellos.
Segundo ele, o helicóptero dos bombeiros pousou no trevo de Ouro Preto para o atendimento da ocorrência com o monomotor.
Após o relato da condição de ausência de visibilidade, não houve mais contato com os tripulantes. A corporação acredita que a aeronave tenha decolado para retorno para Belo Horizonte e caído em seguida.
“As aeronaves que fazem voos de segurança pública têm autorização para operar em condições mais severas que aquelas da aviação civil. Os nossos pilotos são plenamente capacitados. Inclusive, o comandante dessa aeronave com experiência na operação Brumadinho, uma operação de busca e salvamento que já dura mais de cinco anos com diversas ações de operações aéreas. Então, certamente, ele tomou uma decisão pautada na experiência e na segurança que ele tinha de momento”, afirmou o tenente.
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A aeronave foi localizada em um local de difícil acesso, próximo ao ponto da queda do monomotor. Segundo o tenente Henrique Barcellos, a condição meteorológica pode ter sido “um fator contribuinte” para os acidentes.
O helicóptero tinha capacidade para 11 pessoas e, de acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros, está em operação desde 2014, com todas as manutenções em dia.
Quatro militares, um médico e um enfermeiro estavam a bordo da aeronave. Todos trabalhavam em Belo Horizonte. Os corpos das vítimas serão encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) da capital.
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“A corporação amanhece consternada. Nós estamos, pela nossa missão, acostumados a tratar de um desastre envolvendo diversas pessoas, mas, quando estamos falando dos nossos irmãos de farda, isso nos atinge de uma maneira muito singular. Então, é um momento de a gente mostrar a nossa resiliência e fazer o nosso melhor, como de costume, inclusive para os nossos irmãos de farda”, falou o tenente Henrique Barcellos.
Foto da equipe de militares antes do acidente
Divulgação/Corpo de Bombeiros MG
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