16 de novembro de 2024

Agenda de combate ao racismo e à discriminação é lançada em solenidade no Museu do Amanhã


Objetico é eliminar a discriminação étnico-racial contra indígenas, afrodescendentes e outros grupos populacionais que são afetados por múltiplas formas de preconceito. A ministra Sonia Guajajara fala durante o lançamento da agenda de combate ao racismo
Cristina Boeckel/g1 Rio
O Brasil lançou, na tarde desta sexta-feira (15), o ODS 18 — Objetivo de Desenvolvimento Sustentável — que tem visa eliminar o racismo e combater a discriminação étnico-racial contra indígenas, afrodescendentes e outros grupos populacionais que são afetados por múltiplas formas de preconceito.
O lançamento aconteceu no Museu do Amanhã, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, e faz parte da agenda do G20 Social. No mesmo evento foi lançada a Cartilha “Agenda 2030 e os ODS ao seu alcance”.
“O objetivo é que este seja um instrumento efetivo de luta ao racismo e exclusão”, afirmou o ministro Jader Filho, das Cidades.
Além dele, participaram da solenidade a primeira-dama Janja Lula da Silva e os ministros Márcio Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência; Anielle Franco, da Igualdade Racial; Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas; Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos e Cidadania; e Fernanda Maquiaveli, ministra em exercício do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
O evento também contou com o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, chamados também pela sigla, ODS, fazem parte da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). A lista inclui 17 metas que abordam os principais desafios enfrentados pelos países e que precisam ser superados.
O ODS 18, no caso, é uma iniciativa brasileira e conta com metas voltadas ao país.
ODS 18 foi lançado nesta sexta-feira (15) no Museu do Amanhã
Cristina Boeckel/g1 Rio
Entre as metas do ODS 18 estão a eliminação do racismo e a discriminação direta ou indireta, assim como a intolerância contra os povos indígenas e afrodescendentes. O documento também pede tratamento digno e justo aos sistemas de justiça e de segurança pública.
O documento ressalta a necessidade de representatividade em empresas públicas e privadas do país.
A ministra Sonia Guajajara ressaltou que agendas como o ODS 18 são importantes para estruturar demandas e debates que fazem parte do enfrentamento ao preconceito.
“Não há desenvolvimento sustentável sem um enfrentamento ao racismo estrutural que existe no Brasil e no mundo inteiro”, disse Sonia.
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, destacou a importância do debate da promoção da Igualdade Racial.
“O racismo é usado para produzir hierarquias e o ODS 18 é também um debate do multilateralismo. Precisamos falar de racismo pois ele também estrutura as relações entre países”, afirmou.
A ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, ressaltou que o combate à intolerância passa pelas violências diárias sofridas por diversos grupos.
“Sentar e estar nesses espaços onde, muitas vezes, somos desumanizados ou questionados, estar aqui é mostrar que eu posso e os outros também”.
Anielle Franco, ministra de Igualdade Racial
Cristina Boeckel/g1 Rio

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