CPFL, que administra a área, afirmou que manejo é feito normalmente. Problema é recorrente e já foi alvo de investigação do MP. O surgimento de aguapés na represa Salto Grande, em Americana (SP), fechou o comércio do entorno do manancial. A EPTV, afiliada da TV Globo, percorreu o local de barco e verificou que há, de fato, a presença de muitas plantas aquáticas. O problema no local é recorrente e já foi alvo de investigação do Ministério Público (MP), além de muitas reclamações dos comerciantes.
A situação mais crítica aconteceu em 2019 e a preocupação é que o cenário volte a ser o mesmo. Os moradores afirmaram que a situação começou a mudar há dez dias e o cheiro é muito forte. O incidente prejudicou a presença de turistas no local. Os aguapés se reproduzem de forma desordenada por conta da poluição na água.
“Passeio de barco caiu 100%. Aí afetou o restaurante. Tivemos que demitir os funcionários porque não teve condição. O movimento caiu muito”, disse o comerciante Adilson Zanardi.
Os moradores afirmaram que o problema aumentou depois que a CPFL Renováveis, que administra a área, fez um represamento dos aguapés. A empresa disse que o manejo é feito normalmente conforme o plano de manejo e operação da usina. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) acompanha a situação.
Aguapés na represa Salto Grande, em Americana
Reprodução/EPTV
Porque existe a proliferação de águapés?
Professora da Unesp de Rio Claro (SP), Sílvia Regina Gobbo, explicou à EPTV, afiliada da TV Globo, como funciona a proliferação dos aguapés.
“Ele é um sinal que tem muita matéria orgânica na água. Vem dos adubos e do esgoto doméstico. Em uma época de seca extrema, como a que a gente está vivendo, o nível da água baixa, você tem a concentração de nutrientes e a proliferação mecânica. A única forma é a retirada mecânica mesmo. A recomendação é retirar o máximo possível”, disse
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