Mãe de Luiz Maurício Dias, do lançamento do dardo, vibrou ao vê-lo quebrar o recorde sul-americano da prova e se classificar para a decisão na capital francesa. Cláudia Dias, em frente à TV, antes da última tentativa de Luiz Maurício Dias, no lançamento do dardo
Cláudia Dias/Arquivo pessoal
De joelhos em frente à televisão, a mãe de Luiz Maurício Dias tem acompanhado com orgulho o desempenho do filho nos Jogos Olímpicos de Paris. O mineiro de Juiz de Fora se classificou nesta terça-feira (6) para a final do lançamento de dardo do atletismo e emocionou Dona Cláudia Dias, que assistiu à competição da sala da casa dela.
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Luiz Maurício conseguiu a marca de 85,91 metros nas eliminatórias e quebrou o recorde sul-americano da modalidade. A conquista levantou os torcedores no Stade de France, em Saint-Denis, e emocionou Cláudia do outro lado do Atlântico.
“Não tenho palavras. Você ver um estádio de pessoas do mundo inteiro, que não conhecem a sua história e sabem nada do que você passou, aplaudir o seu filho é o melhor presente que Deus poderia me dar”, afirmou Cláudia.
“Foi a melhor sensação, não só de ver ele, mas na hora em que ele fez o melhor lançamento dele e bateu o recorde, com o estádio aplaudindo ele”.
Luiz Maurício Dias, do lançamento do dardo, em Paris
Mirian Jeske/COB
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Os últimos dias têm sido de tensão para Cláudia. Ansiosa para a disputa do atletismo, ela afirma que tem tido dificuldade para lidar com os sentimentos e conta que quase desmaiou por conta do nervosismo.
“Fui dormir eram 3h30, dei uma cochiladinha. Meu marido me acordou e disse que o Pedro [Henrique Rodrigues, outro brasileiro na disputa] não tinha conseguido se classificar. Aí sentei em frente à TV e a primeira carinha que vi foi a do Luiz Maurício”.
“Minha sensação foi de desmaio, mas minha mãe de 74 anos e minha família estão aqui e pensei: “Tenho que ser forte”. Se eu tivesse desmaiado, não poderia ver isso tudo”.
Com a mãe na torcida, Luiz Maurício compete na final do lançamento de dardo na quinta-feira, às 15h25. Será a primeira participação brasileira na decisão desse evento desde os Jogos de Los Angeles, em 1932.
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