4 de outubro de 2024

Além de setembro: a escuta e o apoio familiar são essenciais o ano todo

O Setembro Amarelo acabou, mas o cuidado com a saúde mental continua todos os dias. Saiba como a escuta familiar pode fazer a diferença. Setembro, o mês que reforça a conscientização da população sobre a prevenção ao suicídio, um tema sensível e de extrema importância, ficou para trás. Porém, a psicóloga e professora do curso de Psicologia do UniOpet, Juliana Schwarz, relembra que o cuidado com a saúde mental é uma jornada que dura o ano todo.
Precisamos relembrar todos os dias o tema. Embora o diálogo sobre saúde mental esteja se tornando mais frequente, o apoio da família e a escuta ativa ainda são cruciais para identificar sinais de alerta e oferecer suporte emocional.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, e a maioria dos casos está relacionada a transtornos mentais como depressão e ansiedade.
Em muitos casos, a intervenção de familiares pode ser decisiva. Atitudes simples como prestar atenção em mudanças de comportamento, oferecer apoio emocional e, principalmente, saber escutar, podem salvar vidas.
“A escuta ativa, sem julgamentos, é um dos pilares do suporte emocional, e muitas vezes é o primeiro passo para quem precisa de ajuda”, afirma Juliana.
A especialista reforça que o Centro de Valorização da Vida (CVV) está disponível para ajudar nesses momentos difíceis, oferecendo atendimento 24 horas, todos os dias da semana, pelo telefone 188.
A importância da observação familiar e do diálogo
A família é um ponto de apoio essencial para quem está enfrentando problemas emocionais. Muitas vezes, sinais de que algo está errado podem ser sutis, como isolamento social, irritabilidade ou mudanças repentinas de humor.
Estudos mostram que o suporte emocional de familiares pode reduzir significativamente o risco de suicídio. De acordo com dados da OMS, mais de 90% das pessoas que tentaram suicídio apresentaram sinais de alerta antes do ato.
“Perceber esses sinais e iniciar uma conversa aberta pode fazer toda a diferença. A escuta empática é uma ferramenta poderosa para abrir caminhos para o diálogo”, ressalta a psicóloga.
Além do apoio da família, Juliana comenta que é importante lembrar que existem serviços especializados em oferecer suporte emocional. O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma das principais referências no Brasil, prestando atendimento gratuito e sigiloso para quem precisa de ajuda.
Disponível 24 horas, inclusive nos finais de semana e feriados, o CVV pode ser acessado pelo telefone 188, via chat ou e-mail. Com uma equipe treinada, o serviço oferece escuta empática e apoio emocional a qualquer momento, sem a necessidade de agendamentos.
“O CVV está sempre disponível, mesmo quando as pessoas acham que não têm mais para quem recorrer. Às vezes, o simples fato de falar com alguém já faz uma grande diferença”, conclui.

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