4 de fevereiro de 2025

‘Alerta severo de chuva’: por que alguns celulares não recebem os avisos da Defesa Civil


A tecnologia, que usa a rede 4G ou 5G para enviar mensagens de emergência, exige smartphones lançados a partir de 2020 e com versões recentes do Android ou iOS. Defesa Civil emite alerta para chuva forte em São José dos Campos
Reprodução
Em dezembro de 2024, a Defesa Civil começou a enviar mensagens de alerta para as regiões Sul e Sudeste sobre eventos climáticos extremos, como tempestades e deslizamentos de terra.
Diferente do SMS, esse tipo de comunicação aparece como um pop-up na tela do celular, sobrepondo outros conteúdos (veja como a tecnologia funciona).
A comunicação, que orienta as pessoas a procurarem um local seguro, ganhou ainda mais destaque em 24 de janeiro de 2025, quando moradores de São Paulo receberam alertas sobre chuva forte em seus celulares.
Só que algumas pessoas têm relatado que não estão recebendo o aviso quando precisavam. E há um explicação: nem todos os celulares são compatíveis com o alerta da Defesa Civil.
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), órgão que criou o serviço, para que a tecnologia funcione, o smartphone deve ser, em geral, um modelo mais novo, lançado a partir de 2020.
No entanto, o g1 fez um teste e constatou que um iPhone XR, de 2018, também recebeu o alerta.
Além disso, o aparelho deve:
🛜 suportar as tecnologias 4G ou 5G;
🤖 no caso de Android, estar rodando o Android 11 ou superior;
🍎 no caso de iPhones, estar rodando o iOS 17 ou superior.
Os celulares que não estão devidamente registrados ou que tenham histórico de roubo, furto ou extravio não receberão os alertas de emergência, explica Wilson Cardoso, membro do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e diretor do Grupo Setorial de Telecomunicações da Abinee.
“Esses aparelhos são registrados no Cadastro de Estações Móveis Impedidas (CEMI) e são impedidos de funcionar corretamente”, disse o especialista.
“A adoção dessa tecnologia está ocorrendo de forma gradual no país. Até dezembro de 2024, o sistema foi implementado nas regiões Sul e Sudeste, com previsão de cobertura nacional ao longo de 2025. Portanto, em algumas localidades, o serviço ainda pode não estar disponível”, lembra Gabrielle Silva, membro do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e Technology Partnerships Specialist na TIM Brasil.
Ainda segundo a Anatel, o próprio usuário pode verificar se o celular está com a configuração de alerta ativada. Mas, por padrão, essa função já vem habilitada de fábrica.
No Android, ela aparece como “Alerta de Emergência sem Fio”, acessando “Configurações”, “Segurança e emergência” e “Alertas de emergência sem fio”.
No iPhone, ela é conhecida como “Alerta de Governo” e pode ser acessada indo em “Ajustes”, “Notificações” e “Alertas de Governo”.
Como a tecnologia funciona
Alerta da Defesa Civil sobre chuva na capital paulista
Reprodução
A Anatel explica que o serviço usa uma tecnologia chamada Cell Broadcast, um sistema que permite o envio de mensagens de emergência para celulares em uma área específica.
O texto enviado nos alertas é de responsabilidade dos órgãos de Defesa Civil, que emitem as mensagens ao identificarem riscos de alagamentos, enchentes, enxurradas, deslizamentos de terra e vendavais.
Após o acionamento do serviço, os alertas são feitos nas redes das operadoras Claro, Tim, Vivo, Algar e Sercomtel.
“A mensagem aparecerá sobreposta ao conteúdo que esteja sendo acessado no celular. A depender da gravidade do alerta, também será emitido um sinal sonoro similar a uma sirene”, explica a Agência Nacional de Telecomunicações.
São dois tipos de alertas emitidos pela Defesa Civil:
🟠 Alerta severo: além do texto, emite um “beep” no smartphone, mas só toca se o aparelho não estiver no modo silencioso. Foi esse que tocou em São Paulo no dia 24 de janeiro.
🔴 Alerta extremo: aciona um sinal sonoro semelhante a uma sirene, além da mensagem em texto. O som é ativado mesmo se o celular estiver no modo silencioso.
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