24 de setembro de 2024

Aliados de Israel pedem que país evite resposta militar capaz de provocar nova guerra na região

Em geral, o apelo por moderação é o tom de líderes internacionais, mesmo em países mais alinhados com o Irã, como China e Rússia. Aliados de Israel pediram que o país evite uma resposta militar que possa provocar uma nova guerra na região.
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que vai fazer de tudo para evitar uma escalada de violência no Oriente Médio, e que isso inclui convencer Israel de que o foco deve ser isolar o Irã e endurecer sanções contra o país.
Macron declarou apoio ao governo israelense, mas pediu cautela. Para o presidente francês, também é preciso convencer as nações da região de que o Irã é um perigo para todos.
Emmanuel Macron
JN
O primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, alertou o regime iraniano contra novos ataques, mas também pediu que Israel diminua as tensões. Ele chamou de sucesso o bloqueio de quase todos os drones e mísseis, e afirmou que esse sucesso não deve ser jogado fora.
França, Alemanha e Bélgica estão entre os vários países que depois do ataque de sábado (13) convocaram os embaixadores iranianos para conversas, aumentando a pressão internacional sobre o Irã.
No Reino Unido, o primeiro-ministro Rishi Sunak falou para deputados e deputadas no Parlamento. Ele disse que o governo britânico está trabalhando com aliados para tentar diminuir essa tensão toda no Oriente Médio. Sunak afirmou que o Irã mostrou sua verdadeira cara.
Rishi Sunak no Parlamento Britânico
JN
O chefe de governo britânico acusou o Irã de tentar “mergulhar o Oriente Médio na crise” com um ataque “sem precedentes” a Israel, levando a “uma escalada imprudente e perigosa”. Sunak afirmou ainda que que o G7, grupo das sete democracias mais desenvolvidas do mundo, vai coordenar uma resposta ao Irã, possivelmente por meio de sanções. Detalhes vão ser anunciados em breve. Ele também pediu que todas as partes mostrem moderação nos próximos dias.
O ministro britânico das Relações Exteriores, David Cameron, chamou a ofensiva do Irã de uma dupla derrota, porque o ataque foi um fracasso e expôs a influência maligna do país. Disse esperar que não haja uma retaliação de Israel e que estava fazendo um pedido de amigo para que o governo israelense pense com o coração e com a cabeça.
Em geral, o apelo por moderação é o tom de líderes internacionais, mesmo em países mais alinhados com o Irã. A China pediu calma. A Rússia disse que mais violência não é do interesse de ninguém.
Joe Biden recebeu, nesta segunda-feira (15), o primeiro-ministro do Iraque para uma visita
JN
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden recebeu, nesta segunda-feira (15), o primeiro-ministro do Iraque para uma visita que já estava marcada antes da crise. Biden disse que está comprometido com a segurança de Israel.
O secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou que está coordenando uma articulação diplomática com vários países do Oriente Médio para evitar um conflito mais amplo.
O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca destacou que os americanos não estão envolvidos nas decisões de Israel sobre uma resposta ao Irã. Ele também negou declarações do Irã de que o país teria avisado aos americanos com antecedência sobre a hora e os locais do ataque.
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