Dieta equilibrada pode ajudar pacientes a superar efeitos colaterais e promover qualidade de vida. Por trás do sucesso de muitos tratamentos contra o câncer, há um aliado que muitas vezes passa despercebido: a nutrição adequada. O médico intensivista Pedro Gomes, pós-graduado em nutrologia (CRM 11455-MT | RQE 7834), destaca que o estado nutricional dos pacientes influencia diretamente na resposta ao tratamento e na qualidade de vida durante e após o processo.
Pedro Gomes, médico intensivista pós-graduado em nutrologia
Assessoria
Segundo o especialista, um dos maiores equívocos é a seletividade alimentar baseada em mitos. “Muitos pacientes evitam certos alimentos acreditando que vão ‘alimentar o câncer’. Esse tipo de seletividade, em vez de ajudar, pode ser prejudicial e comprometer o sucesso do tratamento”, afirma.
Para o corpo humano, os músculos não são apenas fontes de força e mobilidade; eles são reservas essenciais de energia, especialmente durante situações de estresse, como tratamentos oncológicos. Quando o corpo precisa de energia, ele queima gordura e músculos, e essa perda muscular pode ser prejudicial ao paciente, uma vez que preservar essas estruturas é vital para suportar a quimioterapia, as cirurgias e os efeitos colaterais.
“Pacientes com perda importante da sua massa muscular têm dificuldade em se recuperar, o que, muitas vezes, pode comprometer a eficácia do tratamento. Isso demonstra a importância de uma alimentação rica e balanceada, que ajude a preservar essa massa”, explica Gomes.
Desafios nutricionais – O metabolismo de um paciente com câncer frequentemente acelera, demandando mais energia do que o habitual. Contudo, o processo é dificultado pela inflamação causada pelos tumores, que reduz o apetite e torna a alimentação ainda mais desafiadora. É comum que os efeitos colaterais da quimioterapia, como mucosite, náusea e alterações no paladar, dificultem o consumo adequado de nutrientes.
Essa combinação de fatores cria um ciclo vicioso: o paciente precisa de mais calorias e nutrientes, mas enfrenta barreiras fisiológicas e emocionais para alcançar essas metas.
Personalização é chave – O médico enfatiza que não existe uma dieta universal para pacientes com câncer. O segredo está na personalização. “O plano alimentar deve levar em conta as preferências e limitações do paciente. A gente não pode impor algo inalcançável. O objetivo é construir uma estratégia conjunta que seja viável e atenda às necessidades nutricionais.”
Ele também desmistifica a ideia de que certos alimentos, como açúcar ou pão, podem “alimentar” o câncer. Essas afirmações não têm base científica sólida e o foco deve ser na manutenção de uma dieta balanceada, rica em calorias, proteínas e vitaminas, adaptada a cada caso.
Atividade física – Além da nutrição, a atividade física desempenha um papel crucial na preservação e recuperação muscular. “Muitos pacientes dizem que vão voltar para a academia depois de melhorar. Mas a verdade é que eles não vão melhorar enquanto não voltarem. O exercício estimula o crescimento muscular e é indispensável para o sucesso do tratamento”, ressalta.
Familiares e cuidadores têm uma função essencial nesse processo, não apenas respeitando as preferências do paciente, mas também buscando orientação profissional confiável. O especialista alerta ainda sobre os riscos de informações falsas, como as que circulam em redes sociais ou aplicativos de mensagens, que podem prejudicar o tratamento.
O tratamento vai muito além dos medicamentos, é necessária uma abordagem multidisciplinar integrada entre nutrição, atividade física e cuidados médicos. “Cada paciente deve ser tratado de forma única, com estratégias personalizadas que promovam não apenas a recuperação, mas também qualidade de vida”.
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