Na 6ª edição da Campus Party Brasília, competição de gastronomia com alimentos feitos por impressora 3D leva ganhador para final nacional em São Paulo. Entenda como funciona processo de impressão de alimentos. Biscoito no formato do g1 foi produzido durante a Campus Party em Brasília.
Um biscoito fabricado por uma impressora 3D: pode parecer invenção, mas o g1 foi à Campus Party Brasília e provou a iguaria. E a resposta está no vídeo acima: a surpresa com o gosto de batata frita. 🍪🍟(veja vídeo acima).
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O biscoitinho em formato de g1 foi produzido por meio de um processo tecnológico simples. Um desenho é feito em um programa de design e a máquina imprime o formato idêntico 🖨️.
Entenda mais sobre o processo:
O design do formato do alimento é feito no programa no computador
Uma ampola com o conteúdo do alimento, em pasta, é colocada na impressora – como se fosse a tinta da impressora
A impressora imprime o alimento por meio de uma sequência de camadas alinhadas
De cinco a 10 minutos, o biscoito está pronto
A impressora não cria do zero o alimento, mas ele é desenhado e produzido com o uso da pasta, que é a matéria prima. E se engana quem acha que o sabor pode não ser bom😋!
“Não tem gosto de máquina, não tem gosto de plástico, é um alimento puro. […] Existem outras formas de alimento, que são factíveis e podem ser replicadas”, afirma Angela Oliveira, pesquisadora de tecnologias responsável pelo Printer Chef, o evento de gastronomia dentro da Campus Party .
Para a impressão do biscoito de batata frita foi usada uma ampola de purê de batata. 🥔🥔
Biscoito com o formato do g1 produzido por impressora 3D na Campus Party.
Fernanda Bastos/g1
Daniel Corrêa, o CEO da empresa responsável pelos alimentos bioimpressos, a PrinterX, afirma que as comidas bioimpressas podem contribuir na alimentação de pessoas com algum tipo de problema de deglutição.
“A impressão 3D já ‘disruptou’ toda uma cadeia de produção e logística do planeta. Hoje eu imprimo um purê de batata aqui, que poderia ser suplementado, ter mais proteína, mais cálcio mais vitaminas e pode ser um alimento destinado a públicos específicos, diabéticos, autistas, pessoas com problema de deglutição, bariátricos”, diz Corrêa.
Além de ser uma tecnologia sustentável, por não produzir carbono para imprimir os alimentos, a impressão 3D pode ser implementada em outras áreas como medicina, na impressão de órgãos como o coração, ossos e dentes. 🫀🦴
👉 Os desafios, de acordo com Daniel Corrêa, são a redução do tempo de impressão e que a tecnologia se torne mais acessível para que mais pessoas possam usá-la.
“Nosso desafio é diminuir o tempo da bioimpressão. Objetivo é conectar com internet das coisas para pedir via mobile e ao chegar em casa ela já está impressa e pronta. […] É uma tecnologia cara, uma impressora completa montada sai em torno de R$ 3,5 mil”, explica.
Printer Chef 🍽️
Evento Printer Chef na Campus Party
As impressões dos biscoitos são usadas na disputa de gastronomia Printer Chef dentro da Campus Party. Os 16 competidores da edição de Brasília têm 1h para produzir um prato que harmonize com o biscoito bioimpresso. ⏲️
O vencedor da seletiva brasiliense, além de ganhar uma bolsa para o curso online “Food Business: gestão de restaurante, bares e cafés”, da Escola Britânica de Artes Criativas e Tecnologia (EBAC), tem a vaga garantida na final nacional em São Paulo. Se levar a final, o vencedor vai para Buenos Aires para fazer um curso com o cozinheiro Henrique Salsano.
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