Evento conecta obras dos nove países da Pan-Amazônia, e promove o encontro de arte indígena, música da periferia e espetáculos premiados dias 1 e 2 de novembro. A entrada é franca. Festival Amazônia Mapping
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O Amazônia Mapping 2024 chega com atrações internacionais e espetáculos com feats inéditos para ocupar o centro histórico de Belém com arte e tecnologia.
Para celebrar 11 anos de trajetória, pela primeira vez a programação traz obras de artistas de toda a Pan Amazônia nesta que é a maior e mais diversa edição do Festival.
O evento, que é referência mundial em projeção mapeada, conecta a pluralidade das diversas Amazônias que se espraiam por nove países da América Latina.
Gratuita, a programação ocorre nos dias 1 e 2 de novembro, a partir de 19h, no Museu do Estado do Pará, na Cidade Velha.
Festival Amazônia Mapping leva mega projeções para fachadas do centro histórico de Belém
Em uma proposta única na região, o line-up promove espetáculos de música e imagem. A programação traz pela primeira vez ao Pará o Ciclope Studio, projeto de artes visuais da Bolívia; as experimentações imagéticas e sonoras de Luiza Lian, em apresentação do melhor show de 2023, premiado nacionalmente; o feat entre Tambores do Pacoval e Mestra Bigica, conectando o carimbó de Soure e Marapanim, com projeções das obras de Ronaldo Guedes, ceramista central do Marajó; o encontro entre a artista e ativista indígena Djuena Tikuna e Aíla, cantora e compositora de Belém, com visuais criados por Roberta Carvalho, em uma conexão Amazonas-Pará.
Ao colocar a tecnologia e a arte digital em diálogo com as realidades locais, o Festival amplia as formas de representar a Amazônia.
“Ao longo de mais de uma década, o Festival tem desempenhado um papel fundamental na construção de uma nova compreensão sobre a Amazônia contemporânea, indo muito além dos clichês que frequentemente a reduzem a estereótipos exóticos. O festival permite que os próprios artistas amazônidas sejam os narradores de suas histórias, utilizando linguagens contemporâneas, como o videomapping e as novas mídias, para expressar as complexidades e potências da região, mostrando que ela é um território dinâmico, com inovação, cultura pulsante e grande diversidade de perspectivas”, destaca Roberta Carvalho, artista visual paraense idealizadora do Amazônia Mapping.
O Amazônia Mapping tem patrocínio master do Instituto Cultural Vale via Lei de Incentivo à Cultura, apoio do Museu do Estado do Pará, Sistema Integrado de Museus, Secretaria de Cultura do Pará, Fundação Cultural de Belém e Prefeitura de Belém. Idealização e produção da 11:11 ARTE, com realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal.
Premiada como melhor show do Brasil em 2023, Luiza Lian se apresenta pela primeira vez em Belém
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Visuais
Entre as maiores novidades da edição está a curadoria que se expandiu por toda a Pan Amazônia, por meio do primeiro edital internacional do Festival. Com 15 artistas selecionados, o Amazônia Mapping convida o público a uma experiência imersiva que conecta o território ancestral com arte e tecnologia.
Além disso, há artistas convidados para a mostra a céu aberto no centro histórico de Belém. Pela primeira vez no Pará, o Ciclope Studio, da Bolívia, vem criando experiências únicas que unem arte, design e tecnologia como meio de luta e resistência ambientalista. Mergulhado na história e na grandeza da Amazônia boliviana, Alejandro Monrroy está à frente do estúdio, e se inspira na riqueza da arqueologia revelada nas “cidades” perdidas na floresta, na imponência dos picos andinos, suas sonoridades e povos.
O line-up traz ainda as obras de And Santos (São Caetano de Odivelas – PA), Mhorgana (Castanhal-PA), Aryel Ramos e Amanda Poça (PA), Coletivo Tinta Preta (PA), Astigma VJ (PA), Elisclésio Makuxi (RR), VJ Grazi (DF), e Leandro Vigas (SC).
Som e imagem
O Amazônia Mapping deste ano traz um feat especialíssimo. A cantora, compositora e artista visual Luiza Lian se apresenta pela primeira vez em Belém com o melhor show de 2023, premiado pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). “7 Estrelas | quem arrancou o céu?”, o trabalho mais recente da artista traz temas políticos, místicos, e visuais exuberantes criados pela artista Bianca Turner, cuja pesquisa se concentra na relação entre tempo-espaço e corpo, por meio de recursos audiovisuais expandidos.
Tambores do Pacoval, potência do carimbó marajoara
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Num diálogo aberto entre as Amazônias, a edição traz o espetáculo inédito que reúne o Tambores do Pacoval, grupo fundamental do carimbó de Soure, e Mestra Bigica em um encontro de duas raízes ribeirinhas fundamentais para a música do Pará: Marajó e Marapanim. Aliando imagem e som, a apresentação traz projeções de obras de Ronaldo Guedes, um dos mais importantes ceramistas contemporâneos da Amazônia e um dos maiores do Brasil.
Aíla e Djuena Tikuna apresentam espetáculo com com artes visuais criadas por Roberta Carvalho
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O encontro entre a artista e ativista indígena Djuena Tikuna e Aíla, cantora e compositora de Belém. Djuena é do Amazonas, e canta na língua Tikuna. Na apresentação inédita em Belém, Aíla canta em português uma composição traduzida de Djuena: “A nossa aldeia é o mundo, somos todos da mesma aldeia”. Um poema que convoca a uma percepção de mundo mais generosa, fraterna e em conexão com o meio ambiente. Os visuais do espetáculo são de Roberta Carvalho, artista paraense de renome internacional.
E como na Amazônia paraense reina o rock doido, a noite traz o feat de DJ Méury, com as batidas eletrônicas da periferia do Norte, e os visuais de PV Dias, que cria suas projeções a partir das trocas audiovisuais amazônicas, caribenhas e afro-diaspóricas.
Também esquentam a pista os sets cheios de latinidade de DJ Pedrita (Alter do Chão-PA), Will Love (PA), Maderito (PA) e Nat Esquema (PA).
Serviço:
Festival Amazônia Mapping 2024 ocupa o Museu do Estado do Pará, na Cidade Velha, em Belém, dias 1 e 2 de novembro, a partir de 19h. A entrada é franca.
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