Em comemoração aos 128 anos da cidade sem limites, a TV TEM conversou com três pessoas que nasceram em outros países, mas escolheram Bauru como lar. Bauru, 128 anos: Conheça histórias de estrangeiros que escolheram cidade como lar
Bauru (SP) é a maior cidade do centro-oeste paulista. Com aproximadamente 380 mil habitantes, muitos deles não são nascidos na cidade, vieram da região em busca de oportunidades de emprego, estudos e até de um amor.
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Mas há também quem viajou milhares de quilômetros para escolher Bauru como lar. De todos os cantos do mundo, o número de estrangeiros na cidade aumentou 145% nos últimos cinco anos.
Em comemoração aos 128 anos da cidade sem limites, celebrados nesta quinta-feira (1°) a TV TEM conversou com três pessoas que nasceram em outros países, mas escolheram Bauru para viver.
🏝️ Da África para a cidade sem limites
Tany Veiga tem 21 anos e é natural de Cabo Verde, país africano composto por um arquipélago banhado pelo Oceano Atlântico Norte próximo ao continente africano.
Tany se mudou de Cabo Verde para Bauru em busca do sonho de se tornar dentista
TV TEM/Reprodução
A jovem se mudou para Bauru em 2022, em busca do sonho de ser dentista. Ela é estudante da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, graças a uma parceria entre os governos brasileiro e cabo-verdiano.
A língua oficial de seu país de origem também é o Português, o que a ajudou na adaptação, porém a estudante afirma que são outras características da cidade que a fazem realmente se sentir em casa.
“Quando cheguei eu achei a cidade muito linda. Bauru é uma cidade nem tão grande nem tão pequena, então não me sinto muito à vontade para sair a noite, sem ser pressionada pela cidade. Eu gosto de ter mata à minha volta, e tem bastante aqui em Bauru”, conta Tany.
A jovem estudante gosta de passear pela rua Batista de Carvalho em Bauru
TV TEM/Reprodução
Além dos estudos, a jovem estudante já adquiriu um hábito bem bauruense para sua rotina: ir ao calçadão da rua Batistas de Carvalho para passear, ou seja, “batistar”.
“O ambiente muda muito da Cidade Universitária, que é onde estou acostumada, então geralmente quando eu estou cansada eu venho aqui, tanto para passear, quanto para fazer compras mesmo.” explica a estudante.
🥖 Oportunidade para toda a família
Já para Yousef Mahfouz, o que o trouxe a Bauru foi o trabalho. O libanês veio ao Brasil pela primeira vez em 2006 para trabalhar como supervisor de frigoríficos.
Família Libanesa se mudou para Bauru em busca de novas oportunidades
TV TEM/Reprodução
Apesar de ter passado por São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, foi em Bauru que Yousef viu a possibilidade de se mudar com toda a família, que o aguardava no Líbano.
“Meu coração se abriu para essa cidade, é diferente. Eu gostei do povo da cidade, é maravilhoso”, contou o libanês.
Depois da primeira temporada no Brasil, Yousef voltou ao Líbano, onde ficou por cinco anos até voltar, desta vez direto para Bauru, com sua esposa e filho.
Enquanto o marido trabalhava, Amina começou a fazer esfirras para vender, mesmo que em pequena quantidade. O tradicional prato libanês começou a fazer sucesso, o comércio foi da porta da casa do casal para o calçadão da rua Batista de Carvalho até conseguirem um espaço na Feira do Parque Vitória Régia.
Casal Libanês vende esfirras em Bauru
TV TEM/Reprodução
Há dois anos o casal abriu uma cozinha libanesa, para trazer um pouco do país de origem para Bauru.
Apesar do sucesso do restaurante, o casal ainda guarda um carinho pelo ponto turístico onde venderam esfirras na feira por muito tempo.
“Aqui foi um dia marcante, quando começamos a trabalhar na feira. Ficamos mais tranquilos, foi o começo da nossa caminhada de serviço” finaliza Yousef.
Parque Vitória Régia é o favorito do casal em Bauru
TV TEM/Reprodução
🥰 Amor transcontinental
Se algumas pessoas constroem a vida em Bauru por conta do trabalho ou do estudo, no caso da Nadine Fichtner foi diferente. Para a professora, o amor falou mais alto.
Nadien se mudou para Bauru durante um intercâmbio e se apaixonou pela cidade
TV TEM/Reprodução
Em 2005, Nadine veio da Alemanha para o Brasil para um intercâmbio. A escolha de Bauru foi ao acaso, mas a insegurança de um lugar novo e a barreira do idioma se tornaram menores quando ela conheceu o André. Os dois estudavam na mesma sala e em pouco tempo se apaixonaram.
“Eles me falaram que eu ia ficar em Bauru. Eu não conseguia nem pronunciar, mas pesquisei e pensei: vamos lá, vamos conhecer”, lembra Nadine.
A conexão entre os dois foi tão arrebatadora, que ao final do intercâmbio de Nadine, André Lozigia largou a cidade onde nasceu com apenas 17 anos para se mudar para a Alemanha, onde ficaram por 5 anos.
Casal já morou na Alemanha, mas voltou para Bauru após 5 anos
TV TEM/Reprodução
No país europeu os dois se casaram, quando nasceu a primeira filha, Amélie. Depois disso a família retornou para Bauru e não se mudaram mais. Há um ano e meio a segunda filha do casal nasceu, a Annie, para completar a família.
“É um privilégio estar com as pessoas que eu mais amo na cidade onde eu nasci com elas e suas raízes alemãs. É uma responsabilidade, mas com muito amor e força da família a gente preenche os momentos fáceis e difíceis.” conta André.
Já o lugar favorito da família em Bauru é o Jardim Botânico, onde Nadine vê um pouco da Alemanha no Brasil.
O Jardim Botânico de Bauru é o lugar favorito da família em Bauru
TV TEM/Reprodução
“Quando voltamos para Bauru, a gente morava no centro e eu sentia falta do contato com a natureza. Minha cidade na Alemanha tem muita floresta, então foi aqui no Jardim Botânico que eu encontrei a oportunidade de viver isso novamente”, finaliza Nadine.
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