22 de outubro de 2024

Antiga concessionária de pedágio no PR deve pagar R$ 222 milhões por não ter construído contorno, afirma MPF

Obra estava prevista no contrato de concessão que terminou em 2021. Viapar disse que não vai se manifestar. Ministério Público Federal pede cobrança de multa de R$ 222 milhões contra a Viapar
O Ministério Público Federal (MPF) pediu a cobrança da multa de R$ 222 milhões na Viapar, antiga concessionária do pedágio de Arapongas, no norte do Paraná, pela empresa não ter construído um contorno na cidade.
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A obra estava prevista no contrato de concessão, que terminou em 2021. Pelo projeto, ela teria 10 quilômetros de extensão, com pistas duplas e seis viadutos, o que ajudaria a desafogar o tráfego no trecho da BR-369.
De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a construção estacionou nos 4% de execução.
A multa foi determinada pela Justiça Federal, que condenou, em agosto deste ano, a concessionária a pagar uma indenização ao Governo do Paraná.
Segundo a sentença, a Viapar também foi condenada por ter descumprido um acordo que previa a finalização dos trabalhos mesmo com o fim dos contratos dos pedágios.
O valor milionário é resultado de cálculos feitos pelo MPF. Para chegar a esse número, foram considerados o orçamento do projeto do contorno, que estimava um investimento de R$ 140 milhões na obra, e também juros e correções.
A Viapar disse que não vai se manifestar.
Projeto do contorno de Arapongas (PR)
Reprodução/RPC
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Próximos passos
A matemática feita pelo Ministério Público Federal em relação à multa será analisada pela Justiça Federal. Depois, o governo estadual vai definir como e onde o dinheiro será utilizado.
O contorno de Arapongas está incluído como uma das obras do novo contrato de concessão do lote 3, que abrange a BR-369, BR-373, BR-376 e PR-170, PR-323, PR-445 e PR-090.
A expectativa é que a nova concessionária seja definida em leilão previsto para dezembro deste ano. Depois que a empresa assumir, terá 7 anos para entregar o contorno.
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