28 de dezembro de 2024

Anunciado após tragédias de 2023, radar meteorológico do RS deve começar a operar no segundo semestre

Operação está dentro do prazo definido em contrato. Equipamento vai ficar em Montenegro, no Vale do Caí, cobrindo Vale do Taquari e Região Metropolitana de Porto Alegre. Radar ficará no Morro São João, em Montenegro, inundada pelo Rio Caí
Prefeitura de Montenegro/Divulgação
Após as tragédias climáticas que mataram 75 pessoas entre junho e novembro de 2023, o Rio Grande do Sul anunciou a construção de um radar meteorológico, com o objetivo de dar mais precisão ao monitoramento e mais segurança à população. O equipamento, que ficará à disposição da Defesa Civil, deve começar a operar no segundo semestre, projeta o governo.
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Até esta sexta-feira (3), o RS registrou 32 mortes e 60 desaparecidos em razão dos temporais que atingem o estado desde a segunda (29).
No dia 18 de abril, o governo revelou que a estrutura será montada em Montenegro, no Vale do Caí, a 63 km de Porto Alegre. O equipamento vai funcionar no Morro São João, com cobertura de 150 km de raio, incluindo parte do Vale do Taquari e a Região Metropolitana de Porto Alegre.
A escolha do local levou em consideração a operacionalidade do radar, o acesso, a infraestrutura de energia elétrica e internet, além da estrutura para a fundação de uma torre de 40 metros de altura já existente.
A empresa Climatempo é a responsável pela entrega do serviço. Os componentes do radar estão em fase final de testes na sede da fabricante, e devem ser despachadas para o Brasil. O prazo de entrega está dentro do previsto no contrato.
“Estamos muito satisfeitos com o andamento das etapas, dentro do prazo e buscando a excelência. A população gaúcha merece usufruir desse qualificado serviço, que irá ajudar ainda mais a Defesa Civil na gestão de risco de desastres”, disse o coordenador do órgão, coronel Luciano Chaves Boeira, em abril.
Raio de cobertura de radar meteorológico que deve funcionar no RS no segundo semestre
Defesa Civil/Divulgação
Atualmente, três radares das Forças Armadas monitoram o Rio Grande do Sul. Dois deles ficam no estado, em Canguçu e Santiago. O terceiro, que cobre o território gaúcho, fica em Santa Catarina.
Segundo a Defesa Civil, o estado apenas visualiza as informações desses radares, sem acesso aos dados produzidos por eles.
“O serviço de radar está relacionado diretamente com ações de prevenção contra eventos adversos. Nós teremos condições de disponibilizar dados mais qualificados com até três horas de antecedência”, explicou Boeira, em novembro de 2023, quando houve o anúncio do radar.

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