26 de setembro de 2024

Ao SP1, Marçal diz não se arrepender de ter sido expulso de debate e vai manter renda mínima e distribuição de camisinhas e anticoncepcionais

Marçal foi o terceiro ouvido na série de entrevista que o telejornal SP1, da TV Globo, promove nesta semana com os candidatos a prefeito da capital. As entrevistas são conduzidas pelo jornalista Alan Severiano. Pablo Marçal dá entrevista ao SP1
Reprodução/TV Globo
O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, disse nesta quarta-feira (25) que não se arrepende de ter sido expulso do último debate promovido nesta semana pelo grupo FlowPodcast no início da semana.
A expulsão aconteceu depois que o candidato foi advertido três vezes pelo apresentador Carlos Tramontina por usar apelidos e dizer inverdades contra o adversário Ricardo Nunes (MDB) (veja vídeo abaixo).
Em entrevista ao SP1, da TV Globo, o candidato do PRTB afirmou que se orgulha da expulsão porque “estava falando a verdade” sobre o adversário.
“Não vou deixar de falar a verdade. Fui expulso faltando dez segundos e fui com alegria, porque é uma revolta do povo. Essa revolta está entalada na minha garganta e não me arrependo absolutamente nunca de ter sido expulso ali. Foi uma vergonha aquele debate”, afirmou.
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“Por falar a verdade fui expulso. Falei que vou prender o prefeito Ricardo Nunes. Ele e mais cem envolvidos em tirar a merenda dos nossos filhos da escola pública. E de forma sem usar de isonomia, o Carlos Tramontina me interrompeu na minha fala, quando o Datena – usando da isonomia, ele foi advertido no final da fala – ele [Tramontina] quis me interromper três vezes”, justificou.
Marçal foi o terceiro ouvido na série de entrevista que o telejornal SP1 promove nesta semana com os candidatos a prefeito da capital. As entrevistas são conduzidas pelo jornalista Alan Severiano.
No encontro, o candidato do PRTB também afirmou que não tem intenção de acabar com o programa complementar de renda mínima que a Prefeitura de São Paulo paga às famílias carentes que já recebem Bolsa Família do governo federal.
O candidato é crítico ao modelo de distribuição de renda criado nos governos do PT, mas diz que não pretende acabar com ele caso seja eleito prefeito da capital paulista.
“Tudo que o povo tem de benefício não vai ser mudado. Isso é um direito adquirido. (…) Vai manter manter. As pessoas têm que ter porta de saída. Elas sabem, eu pergunto para as pessoas que fazem parte de esforço. Só para você ter uma noção as pessoas precisam de saber que tem um governante a frente da Prefeitura de São Paulo querendo ver a sua prosperidade. Ninguém vai acabar com nada. Nós iremos fazer você ser promovido. Todo o programa social tem que ter porta de entrada e porta de saída porque você quer ter seu carro melhor. Você quer fazer uma viagem melhor, você quer comer melhor, você quer investir melhor. E para isso você vai ter que mudar sua mentalidade e nós vamos te apoiar”, declarou.
Alan Severiano entrevista Pablo Marçal (PRTB) no SP1
TV Globo/ Bob Paulino
Sobre as críticas que faz do programa criado pelo PT, Marçal minimizou o assunto.
“Criticar não é falar. Na verdade isso não é crítica. Mas qual a diferença entre os dois programas? Propriamente é muito simples, você que precisa, fica em paz, você vai ter. Às vezes a pessoa não vai querer mudar a mentalidade e tal ela vai ficar ali e vai receber isso não é um problema nenhum para a Prefeitura de São Paulo ano que vem a gente vai ter um recorde de arrecadação, né de orçamento na verdade o PIB é quase um trilhão da cidade de São Paulo, mas o orçamento é R$ 120 bilhões não vai faltar dinheiro para quem não quiser mudar a mentalidade”, disse.
Questionado sobre como pretende reduzir a gravidez entre adolescentes – um dos assuntos do programa de governo do PRTB registrado na Justiça Eleitoral – o candidato afirmou que vai continuar a distribuição de camisinhas e anticoncepcionais na prefeitura, até conseguir fazer ajustes de comportamento nos jovens.
Alan Severiano: A Prefeitura distribui camisinhas, distribui também anticoncepcionais, pílulas, o senhor pretende manter isso na prefeitura de São Paulo eventualmente?
Pablo Marçal: Então existe uma questão da causa e do efeito não tem como você cortar um efeito agora se você não ajudou a causa. Então a gente vai na base ajustar a causa e eu acredito que em alguns meses a gente a gente pode inverter esse investimento.

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