19 de novembro de 2024

Aos 37 anos, filha de bilionário se torna a primeira-ministra mais jovem da história da Tailândia

Paetongtarn Shinawatra venceu a votação poucos dias depois que o ex-primeiro-ministro Srettha Thavisin foi destituído do cargo por uma decisão do Tribunal Constitucional. Paetongtarn Shinawatra, líder do movimento Pheu Thai durante discurso em 14 de maio de 2023
Athit Perawongmetha/REUTERS
Paetongtarn Shinawatra, de 37 anos, tornou-se a primeira-ministra mais jovem da história da Tailândia nesta sexta-feira (16) ao conquistar a maioria dos votos na Câmara dos Representantes do país. A informação foi divulgada pela agência Reuters.
Ela é filha do bilionário e ex-premiê Thaksin Shinawatra, figura principal do partido governista Pheu Thai. Segundo a agência, a influente família de políticos tem legado populista.
A votação que elegeu a jovem ocorreu poucos dias depois que o ex-primeiro-ministro Srettha Thavisin foi destituído do cargo por uma decisão do Tribunal Constitucional. Paetongtarn garantiu o apoio parlamentar necessário para substituí-lo.
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O partido da premiê eleita ficou em segundo lugar nas eleições de 2023, mas formou uma coalizão governamental após o vencedor da votação ter sido barrado pelos legisladores apoiados pelos militares.
Com a vitória, Paetongtarn se tornará a apenas a segunda mulher a ocupar o cargo, após sua tia Yingluck. Paetongtarn, que está grávida, teve sua estreia eleitoral neste ano. Além de nunca ter ocupado um cargo governamental, ela também não tem experiência administrativa, informou a Reuters.
“O país precisa avançar,” disse Paetongtarn, a mais jovem dos três filhos de Thaksin, a repórteres após ganhar a nomeação do Pheu Thai na quinta-feira (15). “Estamos determinados, juntos, e vamos empurrar o país para frente.”
Ela também tentará superar outro tema recorrente para a família Shinawatra: os governos liderados por seu pai e sua tia foram derrubados pelos militares em 2006 e 2014, respectivamente.
“Ela estará sob escrutínio. Ela estará sob muita pressão,” disse Thitinan Pongsudhirak, cientista político da Universidade de Chulalongkorn. “Ela terá que contar com seu pai”, afirmou.

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