Dados da PNAD apontam que os homens ainda ocupam a liderança em o dobro de empresas no estado, que está em 13º no ranking nacional. Ela Faz é uma startup maranhense que está ajudando a inserir mulheres no mercado de trabalho
Divulgação/Ela Faz
Apesar de avanços nos últimos anos, as mulheres ainda ocupam cerca de metade dos cargos de liderança no empreendedorismo formal ou informal no Maranhão. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do IBGE.
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Os dados apontam que, no último trimestre de 2023, eram 605.139 empreendedores homens em todo o estado, enquanto as mulheres eram 305.352 empreendedoras, entre formais e informais.
Percentualmente, as mulheres lideram cerca de 1/3 das empresas (33,5%) maranhenses, o que está abaixo da média nacional (33,9%). No ranking dentre todos os estados, o Maranhão ocupa o 13º lugar de mulheres empreendedoras.
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Umas das empresas lideradas por mulheres no Maranhão é a Ela Faz, que tem como modelo de negócios o empoderamento e a inserção das mulheres no mercado de trabalho.
Para Lívia Viana, fundadora da Ela Faz, o objetivo é fazer a capacitação e a inserção da mulher junto a grandes empresas, principalmente indústria e construção civil, onde tem uma grande demanda de profissionais na área técnica.
A designer Jacirene França é dona de um brechó com mais de cinco anos no mercado
Divulgação/Sebrae-MA
A designer Jacirene França, especialista em moda, é outra empreendedora. Ela é proprietária de um brechó em Paço do Lumiar e é envolvida com o universo do vestuário desde pequena, o que, por si só, mostra a importância de fomentar o interesse por empreender, desde criança, inclusive entre meninas.
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De acordo com a diretora de Administração e Finanças do Sebrae no Maranhão, Edila Neves, apesar de avanços nos últimos anos, existe uma questão histórica atrelada a essa disparidade de gênero no empreendedorismo.
“Esse cenário tem relação com as condições históricas e culturais da sociedade, que atribui à mulher uma responsabilidade maior no cuidado do lar e da família, tornando mais desafiador conciliar vida pessoal e negócios, declarou.
No entanto, Edila conta, também, que essa realidade vem mudando e o trabalho das instituições de estímulo ao empreendedorismo feminino tem ajudado as mulheres a desenvolverem habilidades e competências para que elas se sintam preparadas para ocupar esses espaços.