Atos de violência ocorreram após partida entre Atlético-MG e Flamengo neste domingo (10). Fotógrafo atingido por bomba na final da Copa do Brasil está internado
O governo de Minas requisitou, nesta segunda-feira (11), o acesso às imagens gravadas pela câmeras de segurança da Arena do Galo durante a final da Copa do Brasil. O objetivo é identificar e punir os responsáveis pelos atos de violência e vandalismo após a partida entre Atlético-MG e Flamengo no domingo (10).
Em nota, o Executivo estadual afirmou que a investigação ficará a cargo da Delegacia de Eventos e Proteção ao Turista (Deptur), da Polícia Civil.
“Todos os crimes flagrados, sobretudo os que colocaram em risco a vida de terceiros, como o arremesso de bombas dentro do estádio, serão identificados de forma individual e punidos no rigor da lei”, afirmou o governo.
Junto à análise dos vídeos, o trabalho de inteligência terá o apoio do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que monitora 1,3 mil pontos de BH e da Região Metropolitana, além de diversas rodovias do estado.
“Uma carreta do CICC Móvel, que possui seis câmeras, sendo uma delas localizada estrategicamente em um grande mastro de 360º que permite o monitoramento em um raio de até 10 km, foi instalada na parte externa da Arena para acompanhar a movimentação de torcedores durante seis horas. Essas imagens serão cruzadas com as imagens da Arena, contribuindo para a melhor identificação dos criminosos”, explicou o Executivo.
Ao ser acionado pela direção do estádio, o Batalhão de Choque da Polícia Militar prendeu 12 pessoas.
Em agenda na cidade de São João Batista do Glória, no Sul de Minas, o governador em exercício, Professor Mateus, comentou sobre as ocorrências de violência.
“Nós não vamos tolerar em Minas Gerais que a desordem tome conta do ambiente do futebol como infelizmente anda acontecendo em outros estados. Todos os responsáveis pelas agressões que aconteceram, seja ao patrimônio seja às pessoas, ao longo das últimas 48 horas em Belo Horizonte, serão identificadas e presos”, declarou.
Violência, invasão e vandalismo
Fotógrafo Nuremberg José Maria foi atingido por bomba atirada pela torcida durante Atlético-MG x Flamengo
Lafaete Vaz/ge
O fotógrafo Nuremberg José Maria relatou os momentos de pânico que viveu ao ser acertado por uma bomba jogada pela torcida do time mineiro. Posicionado atrás do gol do goleiro Rossi, do Flamengo, o profissional disse que não um, mas vários artefatos explosivos foram arremessados, além de copos de cerveja e outros objetos.
“É grave. Foram três dedos. Achei que tinha estourado o meu pé, porque a dor foi intensa. E eu passei muito mal, muita dor, mas graças a Deus fui bem medicado também”, contou à reportagem da TV Globo.
O jornalista fraturou três dedos, teve cortes e rompeu tendões do pé, precisando passar por uma cirurgia. Nesta segunda, ele foi transferido do Hospital João XXIII para o Hospital Maria Amélia Lins.
Antes do jogo, atleticanos sem ingressos tentaram invadir a Arena do Galo. Houve tumulto e correria após uma intervenção da Polícia Militar.
Depois dos episódios de violência, a procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) emitiu um comunicado dizendo que vai denunciar o Atlético-MG pelos atos ocorridos durante a partida e pedir a interdição do estádio até que o caso seja julgado.
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