26 de outubro de 2024

Após debate, Boulos e Nunes comentam encontro, comparam perfis e também falam sobre sabatina com Marçal

Adversários no segundo turno pela Prefeitura de São Paulo, candidatos elogiaram debate da TV Globo na noite desta sexta-feira (26). Boulos e Nunes no fim do debate.
Fábio Tito/ g1
Pouco depois de encerrarem o último debate das eleições 2024, os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), comentaram, em entrevista coletiva, o encontro desta sexta-feira (26) e também a sabatina proposta pelo terceiro colocado na disputa, Pablo Marçal (PRTB).
Ambos elogiaram o debate, falaram da importância do encontro, contrapuseram os perfis e voltaram a acusar o adversário.
“Eu acho que o debate permitiu a dois dias da eleição que o povo de São Paulo possa comparar os candidatos. De um lado um candidato que teve a chance e não fez, um candidato envolvido em uma série de suspeitas graves de ligação com o crime organizado de esquemas de corrupção e que não conseguiu responder nenhuma no debate. Fugiu delas de uma maneira muito constrangedora para quem estava assistindo. Do outro lado, alguém que representa a mudança, uma mudança com responsabilidade. Vocês veem que ao longo de toda essa campanha eu fui alvo de muitas mentiras tentando colocar medo nas pessoas, insegurança sobre a mudança que nós representamos”, disse Boulos.
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Ricardo Nunes em coletiva após debate nesta sexta (25)
Fábio Tito/g1
Nunes elogiou o mapa da cidade de São Paulo, que foi colocado no centro do estúdio.
“Eu gostei, foi muito importante todo o debate. Na verdade, ele é importante, uma opção que o eleitor tem de ver o que pensa o que faz como agem o seu candidato. É óbvio que a gente tem ali uns momentos, Guilherme Boulos já teve 32 condenações só no segundo turno, falou umas mentiras. Eu acho que a gente pode falar das ideias faladas, propostas. Aquele mapa que colocaram ali, achei interessante porque nós estamos falando de uma cidade de 1.500 km2, 12 milhões de habitantes, que tem muita diferença entre uma região e outra. Então, a gente pode falar não tem uma obra aqui tem essa ação ali” afirmou Nunes.
Os dois também foram questionados sobre a sabatina proposta por Marçal aos dois candidatos e aceita apenas por Boulos.
O psolista disse que não foge ao debate. “Eu não tenho medo de debate, não fujo de nenhum debate. Eu não fujo de nenhum tipo de embate. Mesmo com adversários que me atacaram de uma maneira desleal que inventaram coisas mentirosas a meu respeito. Porque o meu compromisso não é com os meus adversários, meu compromisso é com a população de São Paulo”, disse.
“Pablo Marçal, com quem eu topei participar de um diálogo, teve um milhão e 700 mil votos. Eu vou ganhar essa eleição e vou ser um prefeito que governará para todo, inclusive os eleitores do Marçal. Então, é razoável atender a um convite dele, ir dialogar com esses eleitores de maneira direta no espaço das redes sociais dele, foi o que eu fiz e acredito que pude derrubar preconceitos e falar sobre as minhas propostas eu chego para essa eleição de domingo animado esperançoso”, completou.
Já Nunes afirmou que Boulos acabou “passando mico” ao participar da sabatina.
“Eu achei um pouco estranho, né? Porque a gente teve aí, se não me engano 12 debates no primeiro turno ou 11 ou 12 debates. Então, acho que caberia ali, vocês da imprensa, quem é dessa área poder fazer essas sabatinas, né? Eu não consegui assistir, obviamente estava ocupado, mas o que ficou assim marcante que eu recebi muito feedback e me falaram é que o Marçal disse que não votaria no Boulos. Guilherme Boulos acabou passando um mico lá, né? Vai lá e fala assim ‘eu não voto em você’, eu acho que acabou ficando ruim”, disse.
Guilherme Boulos (PSOL) em coletiva após debate nesta sexta-feira (25)
Bob Paulino/Globo

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