26 de outubro de 2024

Após denúncia do Ministério Público, Kalil vira réu por improbidade administrativa

Segundo a promotoria, em 2021, político impôs que agência de publicidade custeasse pesquisa eleitoral de R$ 60 mil como condição para manter contrato com a prefeitura de BH. Ex-prefeito nega.
Ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil
Reprodução/TV Globo
O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil virou réu em uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público do estado. A denúncia foi aceita pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) nesta quarta-feira (23).
Segundo a promotoria, o político solicitou e recebeu, em 2021, vantagem econômica indevida, ao impor que uma agência de comunicação custeasse uma pesquisa eleitoral de R$ 60 mil, durante a pré-campanha para o Executivo estadual. A exigência seria uma contrapartida para a prorrogação de um contrato de publicidade entre a prefeitura e a empresa Perfil 252.
Em decisão, a juíza Denise Canedo Pinto, da 2ª Vara de Feitos da Fazenda Pública de Belo Horizonte, também deu prosseguimento à acusação contra outras três pessoas que teriam participado do suposto esquema:
Adalclever Lopes, ex-secretário de Governo;
Adriana Branco, ex-secretária de Assuntos Institucionais e Comunicação Social;
Carlos Eduardo Porto Moreno, mais conhecido como Cacá Moreno, dono da Perfil 252.
O que dizem os envolvidos
Alexandre Kalil disse que o processo só existe porque ele foi procurado pelo MP para fazer um acordo e não aceitou. Ele também afirmou que o contrato de publicidade foi firmado na gestão anterior do município e não teria sofrido nenhum reajuste durante o governo dele. Veja posicionamento na íntegra:
“Esse processo só existe porque fui procurado pelo Ministério Público para fazer um acordo que evitaria o nascimento do processo. Eu neguei fazer qualquer acordo porque nunca pratiquei nada de ilegal. Como já disse em outras ocasiões, quem tem medo de investigação é bandido. Graças a Deus, não é o meu caso. Já reviraram minha vida e nunca encontraram nada. Esse contrato de publicidade que falam é da época da gestão anterior à minha e ele não sofreu reajuste quando fui prefeito”, declarou Kalil.
Já a Perfil 252, empresa citada na ação, declarou que nunca fez qualquer pesquisa de natureza eleitoral para a Prefeitura de Belo Horizonte e nunca teve qualquer relação comercial com o ex-prefeito.
“A Perfil 252 atendeu à conta da Prefeitura de Belo Horizonte de 2010 até julho de 2023 e nunca teve qualquer relação comercial de qualquer natureza com o sr. Alexandre Kalil ou com qualquer outro agente público municipal, estadual ou federal”, completou a empresa.
O g1 não conseguiu contato com as defesas de Adalclever Lopes e Adriana Branco.
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