19 de setembro de 2024

Após dois dias de júri por morte de mãe e filho durante racha na L4 Sul, no DF, advogado é condenado e bombeiro absolvido

Sentença saiu na noite desta quarta-feira (31). Eraldo Pereira foi condenado a 15 anos e 7 meses em regime fechado, mas vai recorrer em liberdade, segundo promotor de Justiça. Mãe e filho morreram em acidente de trânsito provocado por dois carros que faziam “racha” na L4 Sul, em Brasília
Corpo de Bombeiros/Divulgação
Após dois dias de júri popular pela morte de mãe e filho durante um racha na L4 Sul, no Distrito Federal, o advogado Eraldo Pereira, que teria provocado a batida, foi condenado, e Noé Oliveira, sargento do Corpo de Bombeiros Militar do DF, absolvido. A sentença saiu na noite desta quarta-feira (31).
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De acordo com o promotor de Justiça Marcelo Leite Borges, Eraldo foi condenado a 15 anos e 7 meses em regime fechado, mas vai recorrer em liberdade.
O acidente foi em 2017. Cleusa Maria Cayres, à época com 69 anos, e o filho dela Ricardo Clemente Cayres, com 46, voltavam de uma festa quando o veículo em que estavam foi atingido por outro carro e capotou (relembre abaixo).
O acidente
Um dos motoristas envolvidos em acidente da L4 Sul admite consumo de bebida alcoólica
O acidente aconteceu em 30 de abril, na L4 Sul próximo à Ponte das Garças, por volta das 19h30. Ao ser atingido, o carro em que Cleusa e Ricardo estavam invadiu o gramado, bateu em uma árvore, voltou para a pista e capotou.
As duas vítimas estavam no banco de trás e morreram na hora, segundo os bombeiros. Outras duas pessoas da família que estavam no carro sobreviveram.
No local, testemunhas disseram aos bombeiros que havia dois carros em alta velocidade na via no momento do acidente.
Investigação
Mãe e filho morreram em acidente de trânsito provocado por dois carros que faziam “racha” na L4 Sul, em Brasília
Corpo de Bombeiros/Divulgação
Em uma audiência em 2018, o advogado Eraldo José Cavalcante Pereira confirmou que estava a 110km/h na hora do acidente, mas negou que estivesse disputando um racha. Ele argumentou que “não iria fazer racha a 110 km/h em um carro que corre a 250 km/h”.
No entanto, o inquérito da Polícia Civil apontou que o acidente ocorreu porque Eraldo e o sargento do Corpo de Bombeiros Noé Albuquerque disputavam uma corrida.
Noé Albuquerque afirmou à Justiça que estava a 80 km/h. A investigação da PCDF, contudo, não conseguiu comprovar a velocidade do carro dele.

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