29 de dezembro de 2024

Após impasse, prefeitura marca inauguração de novo Conselho Tutelar em Campo Grande

Sede vai ficar no Anhanduizinho, no antigo Centro de Capacitação Profissional (Cecapro). Prédio do antigo Ceapro, que foi reformado para se tornar Conselho Tutelar.
Divulgação
Prefeitura de Campo Grande (MS) vai inaugurar na quinta-feira (14) o 6º Conselho Tutelar do município, que ficará na região do Anhanduizinho. A abertura da unidade ocorrerá após pressão popular e do Ministério Público para que o atendimento na capital fosse ampliado.
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De acordo com a legislação vigente, as cidades do estado devem ter um Conselho Tutelar para cada 100 mil habitantes. Campo Grande, com mais de 900 mil moradores, possuía apenas cinco sedes.
A sede ficará no prédio onde funcionava o antigo Centro de Capacitação Profissional (Cecapro), que foi reformado, recebendo instalação de novos forros e ar-condicionado, portas, janelas e piso.
A inauguração será às 15h, na rua Evelina Figueiredo Selingardi, nº 1.440 – Parque do Lageado.
Casos expõe fragilidades do Conselho Tutelar
No “Caso Sophia”, em que a menina de 2 anos morreu vítima de agressão, a inação do Conselho Tutelar foi escancarada para todo Brasil.
Segundo a Polícia Civil, as agressões em Sophia foram denunciadas por duas vezes: uma em março de 2022 e outra novembro do mesmo ano. Foi constatado que a menina era vítima do padrasto e os casos enviados ao judiciário.
Sophia morreu aos 2 anos.
Arquivo Pessoal/Reprodução
A situação de Sophia também já havia sido denunciada ao Conselho Tutelar. A conselheira responsável pelo caso revelou que em maio o pai da menina procurou ajuda, contou que a filha passava fome e era agredida e que por isso queria a guarda.
Outro caso foi de uma bebê, de 4 meses, que caiu do 3º andar de um prédio na capital, após a mãe deixá-la com a irmã, de 7 anos, para ir pagar uma conta na casa da amiga.
A mulher foi presa em flagrante por abandono de incapaz. Ela foi solta após audiência de custódia.
De acordo com o Conselho Tutelar, a instituição já recebeu duas notificações por faltas frequentes da escola em que a criança de 7 anos estuda: a primeira em 2022 e a segunda, em abril de 2023. O Conselho notificou a família para que fossem acompanhados, mas não há mais registros depois de abril do ano passado.
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