28 de dezembro de 2024

Após mãe alegar violência física, psicológica, moral e material contra aluna de 8 anos, prefeitura transfere professora em MG

À polícia, professora teria falado que tem problemas pessoais com a mãe da menina. Responsável pela criança afirma não ter nenhuma questão com a professora. Guimarânia tem 5 escolas municipais
Prefeitura de Guimarânia/Divulgação
A mãe de uma estudante de 8 anos de Guimarânia, no Alto Paranaíba, registrou ocorrência na Polícia Militar (PM) alegando perseguição de uma professora contra a sua filha dentro de uma escola municipal.
De acordo com a mãe, a professora já teria sacudido e esbarrado na menina, além de ter jogado materiais dela no lixo, impedido que ela ganhasse doces em eventos da escola e, ainda, teria pedido que ela não participasse da festa de aniversário de um colega de sala.
A mãe ainda afirma ainda que já levou o problema para a diretora, mas ela teria respondido que a professora tinha “problemas”, por isso agia de tal maneira contra a criança.
“Se ela faz isso com a minha filha e já foi agressiva com outra mãe, e eu fico omissa, ela continuará. Uma pessoa dessa não condições de cuidar de crianças.”
O g1 solicitou o contato da professora à Secretaria Municipal de Educação, mas não obteve retorno, por isso não conseguiu contato com a docente. O município alegou que todas as providências para esclarecer os fatos estão sendo realizadas. Leia a nota completa mais abaixo.
Proibida de ir na festa do filho da professora
A mãe procurou a polícia após o que teria sido a atitude mais recente da professora contra a aluna: proibi-la de ir à escola no dia da festa do aniversário do filho da docente, que é colega de sala da garota de 8 anos.
No boletim de ocorrência registrado pela mãe, foi informado que a professora “já praticou em datas anteriores violência física, psicológica, moral e material contra a sua filha”.
De acordo com a mãe, a diretora da unidade de ensino teria solicitado que ela não levasse a filha para a escola em determinada data, porque a professora levaria um bolo para comemorar na escola o aniversário do filho. Essa proibição seria para “evitar conflitos”.
Indignada, a mãe disse que a filha não perderia aula por isso, e que ela não suportaria mais as agressões da professora contra a filha. A diretora, então, solicitou que a professora cancelasse a festa de aniversário do menino.
Mesmo com o cancelamento da festa, todos os alunos da sala levaram presentes para o filho da professora, menos a menina, o que teria gerado constrangimento à criança.
Diretora reconhece problema
Aos policiais, a diretora da escola municipal relatou que o problema existe pois há um desentendimento entre as mães e que acaba resvalando nos filhos e vem tentando “lidar da melhor forma possível para preservar as crianças”. O prefeito do município, Adílio Alex dos Reis, acompanhou a diretora durante as conversas com a polícia.
Os policiais também procuraram a professora, que afirmou ter problemas pessoais com a mãe da menina e procuraria a diretoria da instituição para resolver a questão.
Contudo, a mãe da menina afirmou ao g1 não ter problema algum com a professora, exceto à violência praticada contra a filha.
Caderno perdido
“A história começou em 2023, quando essa professora dava aula pra minha filha e perdeu um caderno dela [da filha]. Eu comprei outro, mas três dias depois, ela perdeu o caderno novo e pediu outro caderno. Eu reclamei na diretoria e disse que não compraria outro”, contou a mãe.
Desde então, a professora teria humilhado a criança constantemente. “Em uma ocasião, brigou com a menina por não saber amarrar os tênis e a chacoalhou diante da sala, inclusive dizendo que ela era burra”.
Em outra, tomou figurinhas da criança “e as jogou no lixo, diante de toda a turma”, disse a mãe.
Ainda conforme a ocorrência registrada pela mãe, surgiu uma informação de que a professora já havia tido ações de perseguição em ambiente escolar. Foi verificado uma ocorrência de injuria, em que teria xingado uma mãe na frente dos dois filhos quando eles chegaram na escola.
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Nota do município
“Considerando as notícias que vêm sendo veiculadas nos últimos dias, envolvendo a Escola Municipal Monsenhor Sebastião Fernandes, vem a Secretaria Municipal de Educação a público esclarecer que todas as providências cabíveis, neste momento, visando o esclarecimento dos fatos, estão sendo envidadas.
Assim sendo, por cautela, já houve a remoção da servidora para outro educandário, bem como solicitação de abertura de Processo Administrativo Disciplinar uma vez que o bem estar de todas as crianças é, como sempre foi e continuará sendo, nossa única prioridade.
Nesta oportunidade, lamentamos profundamente que a Escola Municipal Monsenhor Sebastião Fernandes, a qual sempre inspirou respeito e admiração de toda a sociedade guimaranense, esteja sendo exposta de forma desnecessária, notadamente pelo fato de que tal exposição é extremamente prejudicial aos alunos e ao bom andamento das atividades escolares.”
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