Procedimento Preliminar de Manifestação de Interesse, que receberia propostas das empresas interessadas no projeto, foi suspenso na segunda-feira (1°). Marginal Tietê tem 23 quilômetros de extensão
Reprodução/Prefeitura de São Paulo
A Prefeitura de São Paulo desistiu de fazer parceria com a iniciativa privada para a exploração de canteiros e acessos na Marginal Tietê. As empresas ficariam responsáveis pela manutenção e ocupação desses espaços e, em contrapartida, poderiam promover atividades e eventos.
Na última quarta-feira (27), a gestão municipal abriu um edital para o Procedimento Preliminar de Manifestação de Interesse (PPMI) que convocou interessados a apresentar estudos indicando a viabilidade técnica, jurídica e econômico-financeira do projeto.
Entretanto, o chamamento público foi suspenso na segunda-feira (1°), conforme comunicado da Coordenadoria de Desestatização e Parcerias, assinado pelo secretário Paulo José Galli.
A Marginal Tietê tem 23 quilômetros de extensão e corta as zonas Norte e Leste da capital. No total, são 2,7 quilômetros quadrados de canteiros e faixas de verde entre as pistas — atualmente sem uso.
No edital, a prefeitura alegava que “as áreas dos canteiros possuem baixo aproveitamento e significativa complexidade para zeladoria”.
Edital inclui canteiros centrais, laterais e acessos à Marginal Tietê
Reprodução/Edital da Prefeitura de São Paulo
A discussão estava no início, por isso o edital divulgado pela prefeitura não especificava as possibilidades de exploração das áreas no entorno da Marginal Tietê, como parques lineares, praças ou pequenos comércios.
Durante agenda na manhã da segunda, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) chegou a explicar que as empresas iriam “abastecer a prefeitura com material técnico sobre a viabilidade” do projeto, com o prazo final até 27 de maio.
Os interessados também deveriam indicar que tipo de atividades de geração de receitas, sem recursos públicos, podem ser instaladas nesses espaços.
Segundo Nunes, o objetivo era “colocar no meio do canteiro atividades comerciais e, em contrapartida, ter recursos advindos dessa concessão para que eles façam a manutenção, e a prefeitura eventualmente até receba alguma outorga sobre essa utilização dos canteiros centrais da marginal. A gente colocou esse PPMI porque vários países têm utilizado esse sistema, os Estados Unidos usa muito”, complementou.