Destroços, bagagens e pertences foram retirados do local da tragédia e levados para Ribeirão Preto, sede da empresa. Queda do voo 2283 matou 62 pessoas, e causas ainda são investigadas. Imagem aérea mostra trabalho nesta quarta-feira (14) nos destroços do avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP) e matou as 62 pessoas a bordo na última sexta (9)
Reprodução/EPTV
Com o fim da remoção dos destroços e recolhimento de pertences das vítimas do avião que caiu em Vinhedo (SP) e matou 62 pessoas, a Voepass inicia, nesta quarta-feira (21), o trabalho de limpeza e descontaminação do local da tragédia.
A companhia confirmou ao g1 que a retirada dos pertences dos passageiros e tripulantes foi concluída na noite de terça (20) – todo o material é encaminhado para a sede da empresa aérea em Ribeirão Preto (SP), onde os itens serão separados, higienizados e descontaminados.
As bagagens e demais pertences ficarão armazenados até que todos os familiares das vítimas sejam indenizados e depois serão entregues às famílias.
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Sobre o trabalho de limpeza dentro do Residencial Recanto Florido, a companhia não informou um prazo para conclusão das atividades.
A queda do voo 2283 da Voepass em Vinhedo é o maior acidente aéreo no Brasil desde 2007.
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Retirada dos destroços do avião que caiu em Vinhedo é finalizada
Causas em investigação
Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol — que acontece quando a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar —, segundo especialistas.
O estol é uma situação na qual a asa perde completamente a sustentação útil, o que causa a queda brusca do avião. A depender da altitude e da condição, é possível recuperar a altitude em voo.
Os especialistas avaliam que a formação de gelo sobre as asas é uma das hipóteses. Apesar disso, são unânimes em afirmar que não existe um único fator que cause um acidente e que é prematuro tirar conclusões a partir dos vídeos ou das informações divulgadas.
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Uma análise de satélite aponta que o avião voou entre oito e dez minutos em uma formação de gelo severo — uma condição climática que o manual da fabricante classifica como de “emergência” e que pode levar a aeronave a perder sustentação e girar.
Como era o avião que caiu em Vinhedo
Arte g1
O que diz a Voepass?
O CEO da Voepass Linhas Aéreas, Eduardo Busch, concedeu entrevista coletiva na noite do acidente e afirmou que os pilotos eram experientes e os sistemas operacionais da aeronave estavam todos em funcionamento no momento da decolagem.
No dia, a companhia aérea comunicou em nota que prioriza prestar irrestrita assistência às famílias das vítimas e colabora efetivamente com as autoridades para apuração das causas do acidente.
“A Voepass Linhas Aéreas informa que a aeronave PS-VPB, ATR-72, do voo 2283, decolou de CAC sem nenhuma restrição de voo, com todos os seus sistemas aptos para a realização da operação”.
Já na terça-feira (13), no primeiro pronunciamento após a tragédia, o presidente da Voepass, comandante José Luiz Felício Filho, expressou solidariedade às famílias das vítimas e destacou que a empresa segue “as melhores práticas internacionais” de segurança.
Sempre construí uma base com diretrizes sólidas e sempre pautadas pelas melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional de todos. A vida dos nossos passageiros, assim como dos nossos tripulantes, sempre foi e continuará sendo nossa prioridade número um, disse.
Escombros de avião em Vinhedo (SP) neste sábado, dia 10 de agosto de 2024
Nelson Almeida/AFP
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