5 de janeiro de 2025

Apple faz acordo para encerrar processo em que é acusada de ouvir conversas de usuários via Siri


Donos de dispositivos móveis alegaram que a empresa gravava conversas particulares e divulgava a anunciantes após os usuários ativarem o assistente de voz de forma não intencional. Apple, que negou ter cometido irregularidades, aceitou pagar US$ 95 milhões para encerrar ação. iPhones 16 em evento da Apple em Cupertino, Califórnia
REUTERS/Manuel Orbegozo
A Apple aceitou pagar US$ 95 milhões para encerrar uma ação coletiva que alega que a assistente de voz Siri violou a privacidade de usuários na Califórnia, nos Estados Unidos.
Os donos de dispositivos móveis reclamaram que a Apple gravava rotineiramente suas conversas particulares após eles ativarem a Siri de forma não intencional, e a empresa, depois, divulgava essas conversas a terceiros, como anunciantes.
Ao concordar com o arquivamento do processo, a Apple negou ter cometido irregularidades.
O acordo preliminar foi apresentado na noite de terça-feira (31) no tribunal federal de Oakland e requer a aprovação do juiz distrital Jeffrey White.
Os assistentes de voz normalmente são ativados quando as pessoas usam palavras específicas, como “Hey, Siri”.
Dois autores no processo disseram que suas menções a tênis Air Jordan e restaurantes Olive Garden acionaram anúncios desses produtos. Outro disse que recebeu propagandas de um tratamento cirúrgico de marca após discuti-lo, segundo ele em particular, com seu médico.
A Apple e seus advogados não responderam a pedidos de comentários feitos nesta quinta-feira (2). Os advogados dos autores da ação não responderam de imediato a pedidos semelhantes.
Os US$ 95 milhões representam cerca de nove horas de lucro para a Apple, cujo lucro líquido foi de US$ 93,74 bilhões em seu ano fiscal mais recente.
Uma ação judicial semelhante em nome dos usuários da assistente de voz do Google está pendente no tribunal federal de San José, Califórnia, no mesmo distrito do tribunal de Oakland. Os autores da ação são representados pelos mesmos escritórios de advocacia do caso da Apple.
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