Conheça histórias de quem conquista e fideliza clientes com foco total no consumidor e usando ferramentas do Sebrae.
A sétima “Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios”, realizada pelo Sebrae entre maio e junho deste ano, aponta que o faturamento dos MEI e MPE cresceu se comparado ao mesmo período do ano anterior. O levantamento mostra ainda que a tendência de desaceleração em vendas dos segmentos diminuiu, e que o aumento de custos deixou de ser a principal dificuldade dos empreendedores, dando lugar à falta de clientes (veja os dados no infográfico abaixo).
Eduardo Curado, gerente de Soluções do Sebrae, enxerga os dados com otimismo e considera que as incertezas motivadas pela pandemia estão sendo superadas. “As coisas estão voltando ao trilho normal para os pequenos negócios. Atribuo essa evolução a fatores como a recuperação econômica do país, ao aumento da demanda de consumo, muito incentivada pelo turismo que bateu recordes históricos esse ano, e claro, à capacidade do empreendedor brasileiro de se adaptar e inovar frente a novos desafios”.
Se o desafio de custos parece estar equacionado, superar o da falta de clientes está no que os especialistas chamam de experiência do consumidor. “Vivemos a Era da Experiência. Ou seja, o cliente quer pagar preço pelo produto, mas quer receber valor. E valor é uma equação simples. É o benefício concreto da compra, mas que tem de se dar por meio de uma experiência incrível, uma experiência memorável”, explica Ênio Pinto, gerente de Relacionamento com o cliente do Sebrae.
infográfico
Divulgação
Graciele Davince, proprietária da niteroiense Eletrofrigor há 14 anos, é um ótimo exemplo de como vender produtos entregando experiências encantadoras em qualquer segmento. No seu caso, a venda de peças e ferramentas para refrigeração e climatização subiu de patamar ao investir na ambientação e num modelo de atendimento semelhante ao de uma franquia. “As pessoas hoje comparam experiências, independentemente do segmento. É como diz a frase: o paladar não retrocede. Depois que você experimenta alguma coisa boa, não quer nada diferente daquilo”.
Além de criar uma loja bonita, bem iluminada, e com vitrine para os seus produtos, desde o início apostou em capacitações e treinamentos no Sebrae, tanto para ela quanto para seus vendedores e fornecedores. “Com a nossa expansão, estou usando os conteúdos do Sebrae para treinar e promover nossos funcionários. Estamos muito próximos do Sebrae para formar lideranças que vão encantar clientes e melhorar ainda mais a nossa operação”, prevê Graciele.
Graciele Davince fez da Eletrofrigor uma boutique de peças de refrigeração.
Acervo pessoal
Com funcionários qualificados e atendimento padronizado, a proprietária viu seu negócio crescer e acaba de inaugurar a terceira unidade com o que batizou de entregas ultra expressas. “Criamos automação para integrar pedido on-line, geração de link para pagamento, liberação da compra e entrega terceirizada. Há casos que em uma hora [a depender da localização] o cliente receberá na porta o que comprar no site”, comemora.
Identificando nichos para entregar o que o cliente espera
Assim como Graciele, Priscila Kagohara Kozel decidiu inovar no segmento. Sua oficina mecânica, em São Paulo, é focada no público feminino. A ambientação é toda pensada para esse nicho e os mecânicos que trabalham no local – porque, segundo Priscila, a mão de obra feminina ainda é escassa – recebem treinamento não apenas técnico, mas comportamental. “Para ser contratado, além de ser muito bom no que faz, o profissional precisa estar preparado para o público feminino. Se eu noto qualquer atitude machista, a entrevista de emprego acaba por ali”, conta Priscila.
Priscila Kagohara Kozel abriu uma oficina mecânica para o público feminino.
Acervo pessoal
A empreendedora explica que a abertura da oficina foi motivada pela própria vivência. Filha de mecânico, passou a infância e a adolescência sonhando com um lugar onde as mulheres poderiam frequentar e se sentir bem-recebidas. “Nunca é demais lembrar que as empresas existem para trazer soluções para os problemas dos clientes. Portanto, é fundamental que se tenha foco absoluto nele para entender além das suas necessidades e chegar aos desejos dele. Isso faz com que ele seja permanentemente encantado”, destaca Ênio.
Para ajudar na imersão de suas clientes, Priscila criou uma espécie de museu, onde expõe diversas peças que não ficam aparentes nos carros. “Para entender a mecânica de um carro, é importante que a cliente possa visualizar uma peça de dentro do motor, por exemplo. Isso deixa o aprendizado mais claro, e a cliente fica mais confiante sobre o serviço prestado”, explica a empreendedora. O resultado é uma agenda cheia, fidelização de clientes e empoderamento feminino.
Formação para empreendedores de todas as idades
Se Priscila passou a infância e a adolescência sonhando com seu negócio, a mineira Talita Amélia Silva, de São Roque de Minas, decidiu empreender ainda na infância. Aos dez anos, participou do projeto do Sebrae “Empreendedorismo, Cooperativismo e Educação Financeira” na escola e decidiu ajudar os pais financeiramente. “Com aquela idade eu não conseguiria arrumar emprego, então decidi apostar na minha ideia. Se eu era capaz de fazer um projeto de negócio brincando, por que não conseguiria colocá-lo em prática?”, questiona Talita, hoje com 19 anos.
Talita Amélia Silva começou a empreender com 11 anos e hoje comanda o “É Nóis na Canastra”.
Acervo pessoal
Contou a ideia aos pais, recebeu deles um “financiamento” para comprar nove queijos da canastra da tia e água de coco, e foi vender seus produtos na estrada. “Na hora de precificar, peguei o preço de custo e coloquei uma margem de lucro. Vendi tudo e, a partir de então, minha tia virou minha fornecedora”, diverte-se ao lembrar.
Aos 12 anos, Talita fez diversas formações no Sebrae e aprendeu a precificar corretamente, a criar sua reserva de emergência, a realizar todos os controles e a tocar seu negócio com mais profissionalismo. “Um passo importante foi aprender a precificar produtos considerando os diversos meios de pagamento, dando mais opções para o meu cliente fazer suas compras”, conta.
“Ao precificar, é fundamental levar em conta os 3 Cs: custo, ou seja, todas as despesas fixas e variáveis, incluindo as eventuais taxas de meios de pagamento (saiba mais sobre o assunto aqui); a concorrência, que determina o seu posicionamento frente a eles no mercado; e o cliente, que estabelece o quanto está disposto a pagar pelo seu produto”, ensina Ênio Pinto.
Hoje, a já experiente empreendedora é proprietária do “É Nóis na Canastra”, um complexo que envolve três chalés, uma área de alimentação, uma sorveteria artesanal e o empório, onde vende queijos e outras delícias mineiras. Por sua história de superação e empreendedorismo, Talita é sempre convidada a participar de eventos no Sebrae, além de seguir suas formações para crescer e expandir os negócios.
“Cada curso que o empreendedor faz precisa estar conectado a cada momento de sua vida. Assim, o Sebrae organiza a sua oferta de capacitações por meio das famílias de soluções: Comece, para quem vai iniciar um negócio; Faça, para fazer mais e melhor na empresa; Seja, para desenvolver competências e habilidades; e Alcance, trazendo soluções para empresas alcançarem novos patamares de produtividade”, explica Eduardo Curado, do Sebrae.
E aí, qual é o momento da sua vida como empreendedor? Seja ele qual for, o Sebrae está pronto para te ajudar a dar o próximo passo!
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