Peter Só, compositor e cantor, coloca o tema e críticas às redes sociais em foco no álbum de sua turnê ‘Sonhos de Plástico’. Show de estreia será nesta sexta-feira (10), em Botucatu (SP) durante o Janeiro Branco, campanha nacional de atenção à saúde mental. Show de estreia será nesta sexta-feira (10), em Botucatu (SP).
Ivan Shupikov
“Ninguém é tão feliz assim quanto parece, não. Isso aí é tudo fake. A gente é feliz e triste, surtado, depressivo, ansioso, alegre, triste de novo, e nem chegou a hora do almoço ainda”, canta Peter Só na faixa introdutória de seu disco “Sonhos de Plástico”.
A crítica ao ilusionismo da vida perfeita das redes sociais guia o álbum do morador de Botucatu (SP) em sua nova turnê, com show de estreia nesta nesta sexta-feira (10). Em entrevista ao g1, Peter contou sobre sua relação com a música e as expectativas para essa nova fase.
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A balança da saúde mental
Em plena campanha de Janeiro Branco, mês dedicado a colocar a saúde mental no centro das atenções, o principal foco de Peter é trazer questionamento com suas canções, abrangendo uma crítica ao sistema no geral.
Tal crítica é presente na faixa homônima de “Sonhos de Plástico”: “Sistema podre infectando tudo/ Amostra grátis de droga pra viciar seu conteúdo/ É a matrix na palma da sua mão pra entreter/ Se é de graça já tá claro que o produto é você”. (Confira no vídeo abaixo).
Amor e música
Aos 42 anos, Peter conta que a arte sempre foi presente na sua vida, já que sua família é composta por músicos amadores: “Vim de uma família bem musical, não tinha nenhum músico profissional, mas meus tios sempre faziam rodas de samba na casa da minha avó paterna. Meu tio também era muito bom no violão e também compunha, assim como meu pai”, relembra.
Com mais de 10 anos de carreira musical, o cantor foi muito presente no cenário cultural independente do país com bandas como ‘Os Cavaleiros do Após-Calypso’ e o ‘Sound System Sementes Livres HiFi’, mas conta que sentiu que sua carreira seguiu o rumo que ele sempre quis quando decidiu dedicar-se exclusivamente à ela.
“Todo mundo fala o quão é difícil ser músico e artista, só que ninguém fala o quão é difícil você deixar de ser. Era uma coisa que eu não conseguia deixar (a música), fazia parte de mim desde cedo, mas eu precisava fazer outras coisas para pagar as contas, porque nunca fechava. Foi um salto de fé falar ‘só vou trabalhar com isso agora’, e foi aí que as coisas começaram a acontecer.”
Peter Só, de Botucatu (SP), já tem mais de 10 anos de carreira
Ivan Shupikov
Para essa nova fase, o instrumentista conta que está ansioso e, principalmente, realizado por ter essas oportunidades:
“Estou muito feliz, é algo que eu busquei a vida toda. Já tenho uma caminhada e uma carreira, são vários processos até você chegar neste espaço de fazer sua música autoral, com suas próprias músicas e as ideias. É muito gratificante.”
Neste show de estreia, que será a partir das 20h na Av. Deputado Dante Delmanto, 1619, o público poderá apreciar a música de Peter, produzida a partir de referências de bandas como Rage Against The Machine, Cypress Hill, Racionais MC´s, e Beastie Boys. Para mais informações pelo telefone (14) 99906-9228.
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