16 de outubro de 2024

Ary Toledo foi um humorista que fazia graça com música e música com graça

Morto na manhã de sábado, aos 87 anos, o artista também deixa obra como cantor e compositor. Capa do álbum ao vivo ‘Ary Toledo no Fino da bossa’, gravado em 1965
Reprodução
♫ MEMÓRIA
♪ É natural que a morte de Ary Toledo (22 de agosto de 1937 – 12 de outubro de 2024) – ocorrida na manhã do último sábado, aos 87 anos, na cidade de São Paulo (SP) – tenha posto em evidência a verve do piadista. Foi interpretando anedotas de cunho sexual que o ator e humorista paulista entrou para a história.
Contudo, Ary Toledo também era músico e, além de se acompanhar ao violão, também cantava e compunha. Menos conhecida atualmente, a obra do artista como cantor e compositor também faz parte do legado de Toledo.
Essa obra inclui discos como o álbum ao vivo Ary Toledo no Fino da Bossa, gravado em 1965 no auditório do Teatro Record, palco de atrações musicais da TV Record. Neste disco, Ary dá voz à música que o projetou como cantor, Pau-de-arara (1964), composta por Carlos Lyra (1933 – 2023) e Vinicius de Moraes (1913 – 1980) para a trilha sonora do espetáculo Pobre menina rica (1964).
Em parceria com Chico de Assis, Ary Toledo fez músicas como Tiradentes (1964) – cantada por Nara Leão (1942 – 1989) no teatralizado show Opinião (1964) e também presente no disco do show captado no Teatro Record – e O dragão dourado (1969).
Toledo também foi parceiro bissexto do também humorista e compositor Chico Anysio (1931 – 2012), com quem fez a canção A família (1968).
Geralmente, Ary Toledo punha a música a serviço do humor. Foi assim que surgiram composições como A moda do Zé, Dona Maroca, Melô do pinto e Rosinha, entre outras músicas recorrentes nos roteiros dos espetáculos do humorista.
Ary Toledo sabia fazer música com graça e sabia fazer graça com música.
Ary Toledo na capa do álbum ‘Ary Toledo no Fino da bossa’
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