Fotos foram feitas na madrugada desta terça-feira (1º). Renato Poltronieri explicou que, com a dispersão da fumaça provenientes das queimadas foi possível observar e capturar a imagem. Avião passa durante foto de ‘Cometa do Século’ registrada em Nhandeara (SP)
Renato Poltronieri/Arquivo pessoal
Um astrônomo amador registrou uma imagem do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–ATLAS), conhecido como “Cometa do Século”, no mesmo momento da passagem de um avião. As fotos foram feitas na madrugada desta terça-feira (1º), em Nhandeara, no interior de São Paulo.
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Ao g1, Renato Poltronieri explicou que foi possível observar o céu e capturar o cometa por volta das 4h, após a dispersão da fumaça proveniente das queimadas que devastaram as áreas de vegetação no noroeste de São Paulo durante a última semana. Mas o que ele não esperava era que um avião faria parte da composição.
Astrônomo amador registra passagem do ‘Cometa do Século’ em Nhandeara (SP)
Renato Poltronieri/Arquivo pessoal
O astrônomo, que é criador de um observatório e cofundador da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), revelou que utilizou duas câmeras, sendo uma Canon T3, lente 18.55 milímetros, tripé fixo, e uma Canon SX50hs, com zoom.
Ainda conforme ele, com base nas plataformas especializadas de medição, o cometa alcançará o brilho máximo, chegando a uma magnitude de 3,0 ou 2,0 (quanto menor o número, mais brilhante o objeto), próximo ao dia 13 de outubro (entenda abaixo).
‘Cometa do Século’ no céu em Nhandeara (SP)
Renato Poltronieri/Arquivo pessoal
“Se ele não se desintegrar [durante a passagem próximo à atmosfera da Terra], tem estimativa de brilhar muito e proporcionar um espetáculo no final da tarde”, enfatiza.
Renato ainda explica que a visibilidade do cometa melhora no fim da madrugada (amanhecer do sol) e começo da noite (pôr do sol). O cometa é inclusive comparado ao Hale-Bopp, que passou pela Terra em 1997 e foi um dos mais brilhantes da segunda metade do século XX – por isso o apelido “Cometa do Século”.
☄️ Dicas para observação
Até 7 de outubro: o cometa está se aproximando do sol e da Terra, o que faz com que ele apareça nas primeiras horas da manhã, no leste, pouco antes do nascer do sol;
Entre 7 e 11 de outubro: o cometa vai ficar muito perto do sol no céu (na visão relativa daqui do planeta), o que dificulta sua visualização, já que o brilho solar ofusca sua imagem;
Após 12 de outubro: o cometa começa a se afastar novamente, e a posição no céu muda. Ele se torna visível logo após o pôr do sol, no oeste, perto do horizonte, exigindo novos horários e direções de observação.
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O cometa
Descoberto em janeiro de 2023 de forma independente, por dois observatórios, o Observatório de Tsuchinshan (ou Purple Mountain) na China e o projeto ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System) no Havaí, o C/2023 A3 já está se tornando mais brilhante para a observação, com uma magnitude atual perto de 6.
Isso significa que ele será visível a olho nu ou com binóculos, embora a proximidade do cometa com o sol no céu possa dificultar observações, especialmente em áreas urbanas com poluição luminosa, como na cidade de São Paulo.
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