9 de outubro de 2024

Atendimento a crianças vítimas de acidentes domésticos na região Campinas cresce seis vezes em dois anos

Levantamento inclui atendimentos realizados a menores de 14 anos na rede pública de saúde entre janeiro e julho. Em dois anos, o número de atendimentos a crianças e adolescentes vítimas de acidentes domésticos cresceu quase seis vezes nos hospitais da região de Campinas (SP).
De acordo com a Secretaria do Estado da Saúde, entre janeiro e julho deste ano foram 161,5% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado (veja o gráfico abaixo).
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Na comparação com 2022, a alta foi ainda maior, cerca de 495. O índice registrado nos primeiros sete meses de 2024 também superam todo o ano retrasado, que teve 83 ocorrências.
O dado considera menores de 14 anos que receberam assistência ambulatorial em unidades municipais e estaduais. Entre as formas de acidente estão:
quedas
cortes
choque elétrico
queimaduras
intoxicação
afogamento
ingestão de objetos estranhos
Ainda segundo os dados levantados pela EPTV, afiliada da TV Globo, o índice também aumentou nos municípios da área de cobertura do g1 Piracicaba. Por lá, em 2024 foram 444 atendimentos ambulatoriais, contra 98 em 2023 e 67 em 2022.
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O que fazer nessas situações?
A Secretaria do Estado da Saúde diz que não há como saber os reais motivos das variações dos números e qual o motivo de um aumento tão expressivo.
No entanto, o cenário acende um alerta para os cuidados que devem ser adotados nessas situações.
Ao Jornal da EPTV 1ª Edição, o médico pediatra Fernando Belluomini, do setor de emergência do Hospital das Clínicas da Unicamp, deu detalhes de o que fazer após acidentes:
Cortes: os principais cuidados devem se atender à limpeza e ao controle do sangramento. A orientação é usar um pano limpo para comprimir o local até encontrar socorro;
Queimaduras: a recomendação é lavar e, principalmente, resfriar a pele com cuidado. “Não usar água gelada, não pode pôr manteiga, não pode pôr gelo. Resfriar com água corrente”;
Afogamento: ao resgatar a criança, tentar descobrir se ela está consciente. Se não estiver e se a respiração não estiver adequada, fazer respiração boca a boca.
Assista a orientação completa na reportagem acima.
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