25 de dezembro de 2024

Autônomo é espancado por grupo em bar no litoral de SP: ‘Só chorava’

Rodrigo Vieira do Nascimento está tomando medicação devido aos ferimentos. Ele registrou um boletim de ocorrência em São Vicente (SP). Autônomo foi espancado por grupo na porta de estabelecimento comercial em São Vicente (SP)
Arquivo pessoal
Um autônomo, de 39 anos, ficou com o olho roxo após ser espancado por um grupo de homens em um bar em São Vicente, no litoral de São Paulo. Rodrigo Vieira do Nascimento contou ter levado chutes e socos por questionar o motivo de um deles ter jogado um gelo no sobrinho: “Foi uma covardia”.
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Rodrigo, um sobrinho, uma prima e uma amiga da família saíram do aniversário de 80 anos do tio da vítima e foram ao bar na Rua João Ramalho.
No local, segundo ele, aproximadamente outros 10 homens estavam bebendo em uma mesa quando, segundo a vítima, um deles jogou um gelo no sobrinho dele, que havia acabado de estacionar o carro perto do estabelecimento.
Rodrigo estava em outro veículo com as duas mulheres e, quando viu o sobrinho sendo provocado, contou ter descido do carro e orientado que o parente esquecesse a situação, uma vez que os homens aparentavam estar embriagados.
Após ouvir o conselho, o jovem foi até a mesa onde estava o grupo para falar que ‘estava tudo em paz’. No entanto, um dos clientes levantou e foi até Rodrigo e o sobrinho dele.
Ao ser encarado, Rodrigo disse ter perguntado: “Qual é a parada?” e ouviu que era para ele sair por que, do contrário ‘daria ruim’. A vítima, no entanto, indagou a situação mais uma vez. “Em seguida, ele já me agrediu”.
A vítima falou após o primeiro golpe os amigos do agressor foram para a confusão. “Me espancaram umas três ou quatro vezes. Foi uma vez na porta, depois eu corri um pouco, caí no chão e fui espancado de novo na esquina”, contou.
Rodrigo ficou com olho roxo após agressões em São Vicente (SP)
Arquivo pessoal
Diante da situação, a vítima correu em direção ao camelódromo e uma lanchonete. Enquanto corria se perdeu dos parentes e da amiga da família. “Eu não sabia o que fazer, só chorava, não conseguia nem falar”.
Quando Rodrigo voltou para o carro encontrou a prima dentro do veículo. Ela explicou que uma mulher – que estaria acompanhando o grupo de agressores – a puxou pelos cabelos, a colocou no veículo e apontou uma arma para ela.
Outro rapaz foi até Rodrigo reforçando para ele ir embora. Rodrigo questionou por que estava sendo agredido e viu, com o grupo, um PM que conhecia de vista.
“Eu falei: ‘Cara, eu sou pai de família. Você deixou fazer uma situação dessa comigo, todo mundo fazer isso comigo? Meu, eu vou melhorar dessa situação, eu vou atrás de você para poder entender por que vocês fizeram isso comigo’”, afirmou.
Então, outro homem iniciou uma nova rodada de socos no rosto dele. Quando todos pararam de bater, o jovem que Rodrigo conhecia de vista o agrediu mais uma vez. “Eu já estava ‘morto’, já estava no chão […]. Me deu uns três, quatros socos ainda e falou: ‘Agora tu vai atrás de mim com gosto’”.
Casos são investigados no 2° Distrito Policial de São Vicente
G1
Rodrigo foi até o Pronto-Socorro Central de São Vicente e, algumas horas depois, ao 2º Distrito Policial (DP), onde o caso foi registrado como lesão corporal. “Estamos com medo, porque a gente sabe que tem maldade no mundo”.
“Todo mundo me diz para deixar isso para lá, porém eu não consigo. Eu olho pro meu rosto, olho para a minha cara, eu estou vendo o estado que estou”, lamentou.
A equipe de reportagem tentou contato com o estabelecimento e com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
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