26 de dezembro de 2024

AVC responde por 1,1 mil internações no SUS em Campinas; manter hábitos saudáveis minimiza riscos

Município contabiliza 49,8 óbitos a cada 100 mil habitantes. Manutenção de bons hábitos de vida é fundamental para evitar a doença. SUS de Campinas registra 1.150 internações por AVC em 2023
Um levantamento da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas (SP) mostrou que o município registrou 1.150 internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 2023. A doença foi responsável por 6,3% de todas as mortes no ano nos hospitais municipais que atendem no Sistema Único de Saúde (SUS), representando uma taxa de 49,8 óbitos a cada 100 mil habitantes.
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O Hospital Ouro Verde, referência nesse tipo de atendimento em Campinas, foi responsável por 534 internações, representando um percentual 46,4% do saldo total da cidade. Ao todo, 48 pacientes morreram por complicações da doença na unidade, uma taxa de letalidade de 9%, inferior a média do município e do Brasil.
O acidente vascular cerebral (AVC) se caracteriza pela subta interrupção sanguínia cerebral, causada pelo entupimentos dos vasos, podendo causar um vazamento nas artérias, espalhando uma hemorragia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, um a cada quatro brasileiros enfrentará a patologia no decorrer da vida.
Lair Zambon, secretário de Saúde de Campinas, reitera que manter bons hábitos de saúde é fundamental para diminuir a incidência da doença.
“Não fumar, não beber, fazer uma boa alimentação, e [fazer] exercícios. Além disso, tratar da hipertenção arterial, tratar das diabetes”, afirma o secretário.
Recuperando a autonomia
Elaine se recupera de um AVC
Reprodução/EPTV
Após sobreviver a um AVC, o paciente ainda precisa percorrer um longo caminho de recuperação pela frente. Hipertensa e diabética, Elaine teve 30% do cérebro comprometido após um AVC Isquêmico — quando uma artéria fica obstruída, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais.
O eppisódio ocorreu há dois anos, e ao todo foram nove dias internada em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI)
Maurício Boraone, engenheiro de produção e marido de Elaine, explica que ela começou a sentir os sintomas da doença enquanto estava sozinha em casa, e foi encontrada desmaiada pela família após três horas.
Com uma rotina de acompanhamento fisioterápico e fonoaudiólogo, Elaine apresenta melhoras e está recuperando sua autonomia e independência, que foram comprometidos com as sequelas da doença.
“Hoje, ela consegue tomar um banho sozinha, andar sozinha, mas ainda temos que tomar muitos cuidados”, conta o marido.
Maurício Boraone
Reprodução/EPTV
‘Um AVC não pode esperar’
Aos 52 anos, Daniella Guimarães sentiu a perna esquerda falhar ao levantar da cama, e percebeu que seu braço estava sem movimento. Ela não tinha nenhuma doença pré-existente, e acabou ficando dez dias internada na UTI.
Hoje, lidera uma campanha nas redes sociais chamada “Um AVC não pode esperar”, que conta com crianças, jovens e adultos que foram acometidos pela doença, sem estarem no grupo de risco.
A ação divulga cuidados e recolhe doações para possibilitar a reabilitação de pessoas que não tem acesso à fisioterapia.
Eles oferecem um kit de assessórios para que a vitima consiga fazer os exercícios em casa, sem necessidade de consultas recorrentes. “Não existe atividade para Deus do que uma vida”, fala Daniella
Daniella Guimarães
Reprodução/EPTV
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