26 de dezembro de 2024

Benjamin Netanyahu pede perdão às famílias dos reféns assassinados pelos terroristas do Hamas

A descoberta dos corpos de seis reféns na Faixa de Gaza no fim de semana provocou uma onda de protestos em Israel. Israel tem onda de protestos e primeiro-ministro pede desculpas às famílias de reféns assassinados
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu nesta segunda-feira (2) perdão às famílias de seis reféns israelenses que foram assassinados por terroristas do Hamas, na semana passada. Essas execuções na Faixa de Gaza provocaram uma onda de protestos em Israel.
“Tragam os reféns de volta”, diziam os cartazes. Era essa a palavra de ordem das manifestações em várias cidades de Israel. Para pressionar o governo a fechar um acordo de libertação dos reféns, um dos maiores sindicatos do país convocou para esta segunda-feira (2) uma greve geral.
A paralisação afetou escolas, comércio, serviço público, o aeroporto internacional de Tel Aviv e até hospitais. Os grevistas fecharam ruas e avenidas. A Justiça de Israel determinou a suspensão da greve, e o governo criticou o movimento.
Os israelenses também fizeram atos na frente da residência do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Manifestações em várias cidades de Israel pressionam governo a fechar um acordo de libertação dos reféns
Reprodução/TV Globo
Os protestos ganharam força no domingo (1º), depois que Israel confirmou o assassinato de seis reféns em Gaza. O Exército acusou o grupo terrorista Hamas. Segundo a perícia, eles foram executados à queima-roupa, dias antes de serem encontrados pelos militares. Diante da notícia, 500 mil manifestantes foram para a rua no domingo (1º), segundo estimativas dos organizadores.
Nesta segunda-feira (2), no funeral, em Jerusalém, a mãe de Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos – um dos reféns mortos -, contou que tinha esperança de que um acordo salvaria o filho.
“Em meio ao medo e à agonia, tínhamos certeza absoluta de que você voltaria vivo para casa”, ela disse.
Funeral, em Jerusalém, dos seis reféns em Gaza
Reprodução/TV Globo
Em uma entrevista coletiva, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu relatou que conversou por telefone com os familiares dos reféns e pediu perdão. Declarou que não pode fazer concessões ao Hamas e insistiu que, para eliminar o grupo terrorista, Israel precisa manter o controle de uma região de Gaza perto da fronteira com o Egito. Este é um dos impasses nas negociações do acordo de cessar-fogo e libertação de reféns.
Benjamin Netanyahu pede perdão às famílias dos reféns assassinados pelos terroristas do Hamas
Reprodução/TV Globo
Cerca de 100 israelenses ainda são mantidos em cativeiro pelo Hamas. Desses reféns, entorno de 40 morreram e os corpos permanecem em Gaza.
Nesta segunda-feira (2), jornalistas perguntaram ao presidente americano, Joe Biden, se ele acha que Netanyahu está fazendo o suficiente para garantir um acordo. Biden respondeu que não.
O governo do Reino Unido suspendeu uma parte das exportações de armas para Israel. Nas palavras do ministro do Exterior, essa decisão não é um embargo, nem vai afetar a segurança dos israelenses. O objetivo é evitar que as armas sejam usadas em ataques na Faixa de Gaza que possam violar o Direito Humanitário Internacional.
No território palestino, a campanha de vacinação contra a poliomielite entrou nesta segunda-feira (2) no segundo dia. A Organização Mundial da Saúde informou que, no domingo (1º), mais de 80 mil crianças receberam as doses. A meta é vacinar 640 mil durante pausas humanitárias.
Campanha de vacinação contra a poliomielite entrou nesta segunda-feira (2) no segundo dia no território palestino
Reprodução/TV Globo
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