7 de outubro de 2024

Berçário onde criança de 1 ano e 2 meses foi agredida não tem autorização para funcionar, diz prefeitura do Recife

Segundo o Conselho Municipal de Educação, autorização nunca foi solicitada. Vítima foi ferida por outra criança de 2 anos no CFC Baby, no Rosarinho. Fachada do berçário do Colégio Fazer Crescer, no Rosarinho, Zona Norte, onde uma criança de 1 ano e 2 meses foi agredida por outra
Reprodução/Google Street View
O berçário CFC Baby, do Colégio Fazer Crescer e localizado no Recife, não tem autorização para funcionar, de acordo com o Conselho Municipal de Educação (CME). Uma criança de 1 ano e 2 meses foi agredida por um criança de 2 anos dentro da unidade, localizada no bairro do Rosarinho, na Zona norte da cidade.
A família da vítima acusa a escola de omissão após a menina ter sido arranhada e mordida por outra criança enquanto as duas estavam sozinhas e sem supervisão de algum profissional da instituição. O caso é investigado pela Polícia Civil como lesão corporal.
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Ao g1, o Conselho Municipal de Educação, órgão ligado à Secretaria de Educação da cidade, comunicou, em ofício, que o CFC Baby não está credenciado para funcionar. De acordo com o documento, não foi identificado nenhum “registro de trâmite para o credenciamento desse estabelecimento”.
Segundo a Lei Municipal 16.768/2002 e a Resolução CME 14/2004, o berçário deveria ter a autorização do Conselho Municipal antes de começar a funcionar. A assessoria do CFC Baby foi procurada pelo g1, que questionou sobre a ausência do credenciamento, mas não respondeu até a última atualização desta reportagem.
Relembre o caso
De acordo com a família da vítima, as agressões aconteceram no dia 25 de setembro enquanto as crianças estavam juntas para o período chamado “soninho da manhã”. Em resposta ao g1, no fim do mês de setembro, o CFC Baby disse que:
sempre atuou com responsabilidade, compromisso e atenção e, desde a ocorrência do fato, no dia 25 de setembro, vem se disponibilizando a apoiar as famílias envolvidas;
tentou contato com o pai da criança atingida duas vezes e uma vez com a mãe, mas não recebeu retorno;
entende que o momento é delicado e está à disposição da família;
assim que ocorreu o fato, a equipe atendeu primeiramente às duas crianças e, na sequência, chamou as mães;
o berçário não levou a criança ao hospital, como é procedimento em casos mais graves, pois se tratavam de arranhões e mordidas;
após o ocorrido, enquanto a mãe se dirigia ao berçário, a criança foi cuidada, tomou banho, se acalmou e almoçou;
quando a mãe chegou, a filha estava calma e sem chorar;
foram revistos protocolos e rotinas para elevar os níveis de monitoramento e segurança das crianças;
está contribuindo com as investigações e entregou as imagens do circuito interno de câmeras para os devidos esclarecimentos.
A Polícia Civil registrou a ocorrência na Delegacia de Crimes Contra Criança e Adolescente. “As investigações foram iniciadas e seguem em andamento até a completa elucidação do caso”, informou, em nota.
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