O presidente dos EUA e Benjamin Netanyahu tiveram nesta quinta (4) a primeira conversa desde o ataque que matou sete agentes humanitários na Faixa de Gaza. Biden muda o tom e afirma que poderá mudar apoio se Israel não proteger civis em Gaza
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tiveram nesta quinta-feira (4) a primeira conversa desde o ataque que matou sete agentes humanitários na Faixa de Gaza.
A Casa Branca subiu o tom com Benjamin Netanyahu. O telefonema entre o americano e o israelense durou meia hora e foi solicitado por Joe Biden depois da morte dos sete agentes humanitários na segunda-feira (1º).
Antony Blinken foi o primeiro representante da Casa Branca a falar publicamente sobre a conversa, e relatou o conteúdo do que foi dito por Biden .
“Apesar dos passos importantes que Israel deu para permitir a entrada de ajuda em Gaza, os resultados no campo são lamentavelmente insuficientes e inaceitáveis. O ataque horrível dessa semana aos agentes humanitários da World Central Kitchen não foi o primeiro do tipo, mas tem que ser o último. Se não virmos Israel fazendo as mudanças que devem ser feitas, nós mudaremos a nossa política com eles”, afirmou o secretário de Estado americano.
O conselheiro de Segurança Nacional, John Kirby, também comentou a ligação e disse que Biden enfatizou a Netanyahu que a situação em Gaza é inaceitável.
“Vamos acompanhar as medidas concretas que Israel vai tomar nas próximas horas e dias para proteger os civis”, afirmou Kirby.
Apesar do ultimato, o governo americano não explicou quais mudanças considera tomar se Israel não facilitar a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Questionado mais de uma vez pelos jornalistas, John Kirby disse que preferia não antecipar qualquer possível decisão política.
A World Central Kitchen não informou se vai retomar o trabalho em Gaza. Os ativistas pediram uma investigação “independente e de terceiros” sobre o ataque.
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