12 de outubro de 2024

Bióloga brasileira relata alívio com passagem do furacão Milton a 100 km de distância nos EUA: ‘Ficamos com muito medo’

Simone Santos mora em Apopka, cidade que fica a 100 quilômetros de onde o fenômeno deixou mais estragos. A bióloga Simone Cristina dos Santos deixou o Sul de Minas há quatro meses para viver e morar nos Estados Unidos, mas desde então já teve a experiência de presenciar dois furacões. Morando em Apopka, cidade que fica no estado da Flórida, ela ficou aliviada, que já os maiores estragos foram registrados em Tampa, cidade que fica a 100 quilômetros de onde ela mora.
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“Os impactos aqui foram poucos, não foram muitos não. Tirando o detalhe de também ter afetado os fios energéticos e a internet, algumas cercas caídas, no geral, não teve muito impacto maior que isso”, contou.
Sul-mineira relata alívio com passagem do furacão Milton a 100 km de distância nos EUA
Arquivo Pessoal
Simone nasceu em Passos (MG), mas morou 15 anos em Poços de Caldas antes de se mudar para os Estados Unidos. A distância contribuiu para que ela não sofresse tantos impactos com o furacão, que chegou à categoria máxima de risco no litoral e permaneceu no nível mais baixo onde ela está. Apesar disso, Simone demorou um pouco para responder o contato do g1. Isso porque a comunicação onde mora tem falhado desde que o furacão Milton chegou.
No entanto, a empresa onde ela trabalha providenciou barricadas para as moradias oferecidas a trabalhadores como Simone. Foi necessário instalar placas nas janelas, já que as residências não estavam preparadas para passarem pelo fenômeno.
“A casa onde eu estava realmente é uma casa mais velha. A gente ficou com muito medo do que poderia acontecer, porque não tinha proteção alguma. Nós pedimos para que eles colocassem madeira na janela”.
Além disso, a equipe recebeu orientações de proteção da empresa, como ficar embaixo da cama ou de uma mesa em momentos mais perigosos.
Carros submersos em inundação em Tampa causada pela passagem do furacão Milton pela Flórida em 10 de outubro de 2024.
Kairat Kassymbekov via AP
Ela conta que as plantas de uma das estufas – chamadas por “greenhouses” – sofreram alguns danos. Além disso, algumas lonas e telhados foram arrancados. Nas ruas, pôde observar alguns fiações, árvores e cercas caídos.
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Arte/g1
Falta de combustíveis e vias bloqueadas
Outro impacto sentido por moradores de Apopka foi a falta de combustível. A recomendação do governo dos Estados Unidos foi abastecer os veículos antes da passagem do fenômeno. A alta demanda causou a escassez do recurso.
Os combustíveis foram restabelecidos na quinta-feira (10), conforme disse Simone. No entanto, algumas pessoas enfrentam outros problemas de locomoção, como o bloqueio de algumas estradas.
Destruição em cidade da Flórida após passagem do furacão Milton.
Reprodução/TV Anhanguera
“Como eu moro exatamente no lugar, eu não tive nenhum problema com isso, mas o meu gerente acabou de falar que, para ele chegar aqui, ele teve que fazer muitos contornos. Ele demorou uma hora e meia mais ou menos, junto com o trajeto que ele faria em 20 minutos. Então as estradas estão bloqueadas, pelo que eu entendi”.
Simone relata ter ficado aliviada, já que não precisou evacuar sua casa em Apopka. Esse foi o caso do seu gerente, por exemplo, que precisou sair da região costeira para as proximidades do estado da Geórgia.
“Estou um pouquinho mais pra cima, a gente não precisou evacuar, né? Estamos mais cercados por terra do que por água. Aqui também foi forte, mas não tanto”, relatou.
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