Movimento ‘As Águas Vão Rolar’ enviou uma carta à gestão municipal e à SPTuris com solicitações de medidas preventivas para enfrentar as fortes chuvas e o calor extremo. Blocos de carnaval pedem distribuição gratuita de água durante o Carnaval de 2025
Divulgação/As Águas Vão Rolar
Um grupo de mais de 70 blocos de carnaval enviou uma carta à Prefeitura de São Paulo e à SPTuris, empresa municipal de turismo, cobrando medidas preventivas para enfrentar as fortes chuvas e o calor extremo durante o Carnaval de rua de 2025.
Elaborado pelo movimento “As Águas Vão Rolar”, o documento, protocolado na semana passada, ressalta que a intensidade e a frequência de eventos climáticos extremos no Brasil estão em ascensão devido às mudanças climáticas, podendo afetar as festividades.
Com previsões de temperatura que podem ultrapassar os 39°C, o grupo reforça a necessidade de proteger a vida e a saúde de milhares de pessoas que vão participar ou trabalhar no carnaval.
A criação de um gabinete de crise climática — que monitore em tempo real as condições do clima e responda às emergências durante o carnaval — e a distribuição gratuita de água estão entre as reivindicações do movimento.
Foliões podem enfrentar fortes chuvas e calor extremo no carnaval de SP
Divulgação/As Águas Vão Rolar
O grupo também solicita à gestão municipal a flexibilidade dos horários de concentração, desfile e dispersão dos blocos em caso de calor extremo ou temporal.
“O Carnaval de Rua de São Paulo em 2024 já foi marcado por extremos climáticos que trouxeram desafios significativos tanto para os foliões quanto para o meio ambiente. Portanto, para esse ano é urgente que haja planejamento e ações preventivas, como campanhas de conscientização, maior infraestrutura para gestão climática e de resíduos, além de uma valorização efetiva de quem trabalha pelo equilíbrio ambiental e pela segurança dos foliões. A festa pode e deve ser sustentável”, afirma Marcos Campos, fundador do Bloco Eco Campos Pholia.
Os blocos Ilú Obá De Min, Ritaleena, Navio Pirata, Kaya na Gandaia, Bloco Feminista, Vai Quem Quer, Água Preta, Eco Campos Pholiam e Te Pego no Cantinho são alguns dos mais de 70 blocos que assinam o documento.
Neste ano, o carnaval de rua na capital paulista bateu recorde de inscritos com 767 blocos e 860 desfiles, segundo os dados da prefeitura. O período considera o pré-carnaval (22 e 23 de fevereiro), o carnaval (1º a 4 de março) e o pós-carnaval (8 e 9 de março).
Procurada, a São Paulo Turismo (SPTuris) informou que elaborou um plano de emergência para situações de chuvas intensas.
“Após a publicação no Diário Oficial da relação dos blocos e trajetos, serão agendadas reuniões com os organizadores para discutir questões relacionadas ao contingente de foliões em dias chuvosos, bem como outros detalhes que envolvem o planejamento da festa como ações de segurança, alternativas de evacuação e o apoio logístico”, afirmou.
E ressaltou: “Considerando as altas temperaturas previstas para o período, a SPTuris informa ainda que está em constante diálogo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para viabilizar a criação de pontos de distribuição de água aos foliões dos blocos de rua”.
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