25 de outubro de 2024

‘Bomba inteligente’: Conheça a arma que Israel usou para derrubar prédio em Beirute, uma das mais poderosas do arsenal israelense

Edificio foi inteiramente derrubado em um ataque registrado por jornalistas na segunda-feira (21). Investigação da Associted Press identificou que tipo de bomba usada é uma das mais poderosas do arsenal de Israel. Vídeo mostra momento em que míssil atinge e derruba prédio em Beirute
Reprodução
Entre os vários bombardeios que Israel tem feito em Beirute, no Líbano, um chamou a atenção nesta semana: um prédio desaba inteiramente após ser atingido por uma bomba israelense (veja vídeo acima).
Em um piscar de olhos, a câmera de um fotógrafo da agência de notícias Associated Press capturou os momentos em que o artefato caiu em direção ao prédio de Beirute antes de detonar para derrubar a torre.
O ataque aéreo ocorreu 40 minutos depois de Israel alertar as pessoas para evacuarem dois prédios na área que, segundo o Exército israelense, estavam localizados perto de armazéns e ativos do Hezbollah.
Por isso, jornalistas estavam posicionados na área e captaram um raro vislumbre do uso de uma das bombas mais poderosas do arsenal de Israel.
Que tipo de arma era?
Míssil israelense destrói prédio em Beirute
Um exame feito por pesquisadores de armas independentes sugere que a arma era uma bomba guiada, também conhecida como bomba inteligente, lançada de um jato israelense.
As seções da cauda e do nariz indicam que era uma ogiva de 2.000 libras equipada com um kit de orientação israelense conhecido como SPICE, de acordo o pesquisador sênior de conflitos, crises e armas da Human Rights Watch, Richard Weir.
Os sistemas de orientação SPICE — Smart, Precise-Impact and Cost-Effective — são feitos pela Rafael Advanced Defense Systems, de propriedade do governo israelense. Eles são acoplados a uma bomba não guiada padrão para direcionar a arma ao seu alvo.
Minutos antes do ataque derrubar o prédio, houve dois ataques menores, no que os militares israelenses costumam chamar de ataque de alerta de “batida no telhado”, de acordo com jornalistas da AP no local.
A prática foi observada na campanha militar de Israel em Gaza. Lá, mais de 40.000 foram mortos, de acordo com autoridades locais que não distinguem entre mortes de civis e combatentes, em um dos conflitos mais destrutivos da história recente.
Os militares israelenses se recusaram a comentar sobre o tipo de arma usada.

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