7 de janeiro de 2025

Bombeiros retomam as buscas por mulheres desaparecidas após naufrágio na Garganta do Diabo, SP

Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37 anos, e Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27, estavam em barco que afundou em São Vicente (SP). Outras cinco pessoas foram resgatadas em segurança. Desaparecida em naufrágio publicou imagens momentos antes; autoridades seguem buscas
O Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) retomou, no início da manhã desta quarta-feira (2), as buscas pelas duas mulheres desaparecidas na região conhecida como Garganta do Diabo, em São Vicente, no litoral de São Paulo. As duas estavam na embarcação que naufragou no domingo (29). Outras cinco pessoas foram resgatadas em segurança.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp.
O caso ocorreu na região conhecida como Garganta do Diabo. As vítimas estavam em uma festa dentro de uma lancha, mas sofreram o acidente durante o transporte de volta à terra em um barco menor. A embarcação tinha sete pessoas a bordo e afundou. Cinco vítimas foram resgatadas, sendo três mulheres e dois homens.
De acordo com o GBMar, dois botes de salvamento com quatro agentes da corporação e uma moto aquática atuam nas buscas da manhã desta quarta-feira em São Vicente.
Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37 anos, mora em São Paulo. Conforme apurado pelo g1, ela tinha ido para uma festa em uma lancha com duas amigas e publicou imagens na embarcação nas redes sociais.
A outra desaparecia foi identificada como Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos. Ela também estava na festa, mas não foi junto com Aline e as amigas dela. Conforme apurado pelo g1, elas se conheceram na embarcação.
Por meio de nota, a Capitania dos Portos de São Paulo informou ter instaurado um inquérito administrativo para investigar as possíveis causas e responsabilidades pelo acidente, que envolveu a embarcação ‘La Linda’. Segundo o comunicado, não houve registro de poluição hídrica devido ao naufrágio.
Sobreviventes
Aline, que desapareceu (de azul), e Camila na lancha em Guarujá (SP)
Redes sociais
A estudante Camila Alves, de 20 anos, e a autônoma Vanessa Audrey, de 35, vieram da capital paulista para o litoral no último fim de semana. Elas estão entre as mulheres que sobreviveram ao naufrágio do barco na Garganta do Diabo.
Camila explicou ao g1 que elas estavam em uma festa de aniversário em uma lancha, na altura de Guarujá, na companhia de Aline. O grupo bebeu, andou em motos aquáticas e passou o dia lá. Por volta de 18h, quando o período de ficar com a lancha expirou, todos marcaram de se encontrar no Rocket Sea Club, para voltar para Santos por terra.
Os ocupantes da lancha se dividiram em dois barcos menores. As três amigas ficaram juntas em um deles. Além delas, Beatriz também estava na embarcação, mas elas não a conheciam.
Camila Alves gravou stories horas antes do naufrágio, que aconteceu em São Vicente (SP)
Redes sociais
O barco onde estava o aniversariante seguiu na frente. Já o das jovens foi atingido por uma grande onda durante o trajeto para São Vicente.
“A gente via que não ia aguentar por muito tempo, bater o pé e engolir muita água. A nossa solução foi se jogar nas pedras para tentar se agarrar e se salvar”, recordou Camila.
Vanessa reforçou a esperança de encontrar Aline viva. “Cinco pessoas conseguiram chegar nessa pedra, e ela estava de colete. Então, a esperança é de que ela esteja lá”, concluiu a autônoma.
Ela e Camila receberam atendimento médico e ainda não voltaram para a capital, pois, de acordo com elas, ainda prestarão depoimento à polícia.
Veja quem são os sobreviventes:
Vanessa Audrey da Silva, 35 anos;
Camila Alves de Carvalho, 20 anos;
Daniel Gonçalves Ferreira, 22 anos;
Gabriela Santos Lima;
Natan Cardoso Soares da Silva.
Embarcação com sete pessoas naufraga na Garganta do Diabo
Garganta do Diabo
A ‘Garganta do Diabo’ é uma região que fica entre a Ilha Porchat e o Parque Estadual Xixová-Japuí, em São Vicente. Ela atrai surfistas por conta das ondulações, mas esconde vários perigos devido às fortes correntezas que atingem o local.
Segundo historiadores, existe uma crença popular de que o local serviu de passagem para as caravelas de Martim Afonso na fundação da Vila de São Vicente.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

Mais Notícias