Medida é assinada pelo coronel Gewrly Batista Melo, o subcomandante-geral do Bombeiros. Corporação também proibiu os bombeiros de cederem entrevista à imprensa sem autorização prévia. Medida é do dia 7 de março
CBMRR/Divulgação
O Corpo de Bombeiros de Roraima proibiu os militares de divulgarem nas redes sociais imagens e vídeos de ações de combate aos incêndios no estado. A corporação também proibiu os bombeiros de cederem entrevista à imprensa sem autorização prévia. O memorando foi obtido pelo g1 nesta quarta-feira (13).
Atualmente, o estado enfrenta o período seco e o aumento no número de queimadas, que tem atingido casas, plantações e animais (leia mais abaixo). De acordo com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o estado lidera o ranking nacional de focos de calor em 2024, com 3.075 registros.
A medida foi assinada pelo subcomandante-geral do Bombeiros, coronel Gewrly Batista Melo, encaminhada para toda a tropa no dia 7 de março. Com a decisão, apenas a diretoria de Assuntos Civis e Relações Públicas tem autorização para ceder imagens e entrevistas.
“Tal medida se faz necessário para que se possa ter um alinhamento das informações que são repassadas à imprensa e à sociedade em geral, bem como para se evitar equívocos de interpretação do serviço realizado e divulgação de imagens sem a devida contextualização”, justificou.
O g1 procurou o governo de Roraima sobre o assunto e aguarda retorno.
Ao proibir a divulgação, o subcomandante considerou, na avaliação dele, a melhor comunicação das ações de combate aos incêndios e à estiagem em Roraima.
Nas redes sociais, o Corpo de Bombeiros tem divulgado as ações de combate ao fogo em Roraima. Uma das últimas postagens da corporação mostra o trabalho feito em Amajari, um dos mais devastados pelas chamas.
Corpo de Bombeiros atua no Amajari
Reprodução/Instagram
Período seco e estiagem em Roraima
Boa parte do estado fica no hemisfério Norte, por isso, atualmente está na estação seca, chamada de “verão amazônico” — o período vai de outubro a março. Os meses de dezembro e janeiro são os mais secos, com registro de poucas chuvas.
Segundo o histórico de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram registrados 4,2 milímetros de chuva em todo o mês de janeiro, 14% do esperado. Em fevereiro, choveu apenas 6,8 milímetros, 21% do esperado.
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Em meio à seca, que deve durar até abril, incêndios florestais consomem casas, animais e a vegetação. Além disso, com a estiagem, moradores têm ficado sem água encanada devido à seca nos reservatórios que abastecem as cidades, como é o caso de Pacaraima, ao Norte, e São Luiz, ao Sul.
O cenário fez com que o governo estadual decretasse situação de emergência em nove dos 15 municípios de Roraima devido a estiagem. O governo federal reconheceu a emergência.
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