Brasileira está a uma luta de garantir pelo menos a medalha de bronze. Bia Ferreira estreia com vitória em Paris
No boxe, a Bia Ferreira subiu no ringue, em Paris, pela primeira vez.
Brasil, país famoso pela alegria. Ainda não. A cara amarrada de Bia Ferreira era bem parecida com a expressão séria de Abner Teixeira. Ela foi medalha de prata nas últimas Olimpíadas. Ele também foi ao pódio nos Jogos de Tóquio, com o bronze.
Mas em Paris, o caminho dos dois brasileiros foi separado logo na primeira luta de cada um. Abner perdeu para o equatoriano Congo Chala, em uma decisão apertada dos juízes t 3 a 2.
Já na luta da Bia Ferreira, nenhum juiz teve a menor dúvida. Contra a americana Jajaira Gonzalez, a brasileira foi mais agressiva desde o início e ganhou os dois primeiros rounds. No terceiro e último, foi só controlar o combate, seguindo à risca as instruções do treinador.
Durante a luta, ela foi menos euforia e mais valentia. Mas quando soou o gongo, uma outra Bia se revelou. Antes mesmo do anúncio da vitória, ela mostrou o sorriso da campeã do mundo, da lutadora que está há dois anos sem perder. A decisão dos juízes foi unânime. Agora, Bia está a uma luta de garantir pelo menos a medalha de bronze.
No boxe, existe uma palavra que tem um poder quase tão grande quanto o brilho da medalha: revanche. Em Paris, Bia Ferreira está a um passo de um reencontro muito esperado. Se vencer a holandesa Chelsey Heijnen, Bia pode reencontrar a irlandesa Kellie Harrington, para quem perdeu a medalha de ouro em Tóquio.
“Acredito que ela, passando a adversária dela, a gente vai ter essa revanche, e eu aguardo. Estou esperando isso há três anos. Então, eu quero muito lutar com ela”, afirma a boxeadora Bia Ferreira.
Passado o peso da estreia, de agora em diante, qualquer adversária vai encontrar pela frente a alegria de Beatriz Ferreira, a Bia do Brasil.
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