Os dados são de 2023, o primeiro resultado depois da pandemia. O Ideb é divulgado a cada dois anos e leva em conta a aprovação escolar e as médias dos alunos em português e matemática no Saeb. Ministério divulga notas do IDEB de 2023
O MEC – Ministério da Educação divulgou nesta quarta-feira (14) o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb. Apenas a primeira etapa do ensino fundamental atingiu a meta.
Os dados são de 2023, o primeiro resultado depois da pandemia. O Ideb é divulgado a cada dois anos e leva em conta a aprovação escolar e as médias dos alunos em português e matemática no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A nota varia de 0 a 10.
Na largada do ensino fundamental, do primeiro ao quinto ano, a meta era nota 6 e foi atingida na risca – um pouco acima da nota registrada na pandemia. O Amapá teve a pior nota e o Paraná a melhor.
Brasil não atinge metas do índice de desenvolvimento da educação básica nos anos finais do fundamental e no ensino médio
Reprodução/TV Globo
Do sexto ao nono ano, o Brasil tirou nota 5, abaixo da meta para essa etapa, que era de 5,5. Apenas Ceará, Goiás e Paraná atingiram essa pontuação.
Brasil não atinge metas do índice de desenvolvimento da educação básica nos anos finais do fundamental e no ensino médio
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O ensino médio também ficou aquém do esperado, com 4,3 pontos, quando a meta era de 5,2.
Brasil não atinge metas do índice de desenvolvimento da educação básica nos anos finais do fundamental e no ensino médio
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O Ministério da Educação, Camilo Santana disse que o governo federal, estados e municípios têm que trabalhar juntos.
“O jovem, a criança, precisa estar estimulada, o ambiente precisa se bem acolhido. Então, são uma série de ações importantes para a gente garantir mais. Repito que uma boa governança, uma boa estratégia do regime de colaboração entre estado município e União”, afirma.
Por causa da pandemia, o Ministério da Educação decidiu manter, em 2023, as mesmas metas do período anterior, 2021. Mesmo assim, os resultados mostram que a busca pela qualidade na educação ainda tem muito chão.
A presidente do Todos pela Educação, Priscila Cruz avalia que faltou uma política pública voltada para compensar as perdas de aprendizagem provocados pela pandemia.
“Os estados e municípios também que mais avançaram, são os municípios que fazem aquilo que eu chamo de fazer um bom feijão com arroz. Que são políticas de recuperação de aprendizagem, avaliações frequentes com a consequência na formação de professores, muito investimento nos professores, investimento na gestão escolar”, diz.
Brasil não atinge metas do índice de desenvolvimento da educação básica nos anos finais do fundamental e no ensino médio
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