Corpo de Samira foi encontrado por um ex-namorado e pela filha de 15 anos. Jovem diz que ele e a vítima moravam juntos para vender drogas. Jovem é preso suspeito de matar Samira Alves Lima, em Luziânia, Goiás
Reprodução/Polícia Militar
A Polícia Civil investiga o feminicídio contra Samira Alves Lima, de 36 anos, filha de um policial militar da reserva, em Luziânia, Entorno do Distrito Federal. O suspeito é um jovem de 22 anos, que diz que morava com a vítima. Ao ser preso, ele contou à polícia que brigou com Samira, a matou a facadas e fugiu no carro dela. Abaixo, o g1 explica o crime ponto a ponto; confira.
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Ao ser preso na quarta-feira (27), andando pela BR-020, em Formosa, o jovem suspeito do crime contou informalmente à Polícia Militar como o crime aconteceu. Mas quando chegou na delegacia, ele optou por não repetir a história, ficando em silêncio durante o depoimento.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para saber se há algum indício de veracidade no relato dado pelo suspeito aos policiais militares, mas a instituição disse que não vai comentar o caso. O portal também não conseguiu contato com a defesa dele até a última atualização da reportagem.
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Os policiais militares dizem que, informalmente, durante a abordagem, o jovem disse que morava junto com Samira, pois ambos atuavam no tráfico de drogas, e que Samira era ligada a uma facção criminosa.
O suspeito também disse que, no dia do crime, ele e Samira tiveram uma discussão acalorada, em que a vítima o ameaçou. Ele, então, partiu para cima dela e a matou com facadas. Depois, ele pegou o carro dela e fugiu.
Veja ponto a ponto do crime na versão do suspeito:
Samira Alves Lima foi morta a facadas, em Luziânia, Goiás
Reprodução/Redes Sociais
Samira e o jovem moravam juntos, em Luziânia;
Os dois têm uma briga acalorada e Samira ameaça o jovem;
Jovem pega uma faca e mata Samira com vários golpes;
Jovem pega a chave do carro de Samira e foge;
Jovem abandona o carro de Samira;
23 de novembro: carro de Samira é encontrado abandonado no DF
Samira é dada como desaparecida
Familiares e amigos procuram por Samira
25 de novembro: Samira é encontrada morta dentro do apartamento que morava, em Luziânia
27 de novembro: Jovem é preso suspeito do crime, em Formosa
Detalhes do caso
O crime começou a ser investigado na manhã de 23 de novembro, quando o carro de Samira foi encontrado abandonado no Lago Norte, no DF. Como a mulher não atendia ligações, os policiais encontraram o número de telefone do ex-namorado dela, que tinha sido salvo como um contato de emergência.
Mulher é encontrada morta em Luziânia
O ex-namorado contou ao g1 que, ao ser avisado sobre o carro de Samira, também passou a procurá-la, mas sem sucesso. A mulher, então, foi dada como desaparecida. O corpo dela só foi encontrado no dia 25 de novembro, já sem vida, no apartamento onde morava, no Jardim Ingá, em Luziânia.
“Os policiais não conseguiram falar com Samira. Eu também tentei ligar, mas ela não atendeu. A partir do aparecimento do carro, comecei a procurar quem pudesse ter notícias dela, mas nem a família nem a filha sabiam. Entrei em contato com o pai, que mora no Piauí, e ele me pediu para registrar um boletim de ocorrência na segunda-feira”, disse o ex-namorado.
O ex-namorado encontrou o corpo junto com a filha de Samira, de 15 anos.
Quem era Samira?
Segundo o ex-namorado, Samira era uma pessoa querida por todos que a conheciam. Mãe de três filhos, de 12, 15 e 16 anos, ela atualmente morava sozinha, no Jardim Ingá, em Luziânia. Os filhos moravam com os avós paternos, mas mantinham contato próximo com ela.
“Todo mundo gostava dela aqui. Ela é uma pessoa boa e muito controlada”, resume.
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Samira morava em Cristalina, mas há alguns anos se mudou para Luziânia. Segundo o ex-namorado, ela estava desempregada e recebia dinheiro do pai, que é PM aposentado e mora atualmente no Piauí.
O ex-namorado comenta que, nos últimos meses, notou pelas redes sociais que Samira emagreceu muito e se afastou da família.
Na internet, Samira fazia posts reflexivos e com os filhos. Em algumas publicações, ela caminhava pelas ruas enquanto falava aos seguidores para agradecer por cada dia. Pouco tempo antes de morrer, passou a postar sobre a necessidade de tomar cuidado com pessoas falsas.
Samira Alves Lima, de 36 anos, filha de um policial militar da reserva do Distrito Federal, foi encontrada morta em casa após dias desaparecida, em Luziânia, Goiás
Reprodução/Redes Sociais
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