AL tem 175 pessoas com 60 anos ou mais inscritas no Enem 2024. Alagoas tem 175 pessoas idosas inscritas no Enem 2024
175 pessoas de 60 anos ou mais em Alagoas vão fazer o Enem 2024. A cabeleireira Silvana Omena é um desses candidatos idosos. Ela estuda junto com a neta Letícia Omena, de 18 anos, que também vai fazer a prova.
Aos 60 anos, mãe de três filhos, a cabeleireira quer fazer o Enem para realizar o sonho de ser professora de educação física. A neta quer ser médica.
“Ser professora de educação física. Daquelas bem realizadas. É um sonho antigo, desde criança que tenho esse sonho. Eu admirava muito a minha professora de educação física. Então, tudo que ela ensinava na escola, em casa, eu treinava”, disse Silvana.
Durante a semana, as duas trocam informações sobre estudos por telefone, e aos fins de semana, se encontraram para estudar juntas, mas não imaginavam que seus caminhos se cruzariam também no dia de fazer a prova.
Ao checar os cartões de inscrição do Enem, Letícia descobriu que ela e avó vão fazer prova na mesma sala.
“A gente teve a grande supressa, que a gente caiu na mesma e na mesma sala”, disse Letícia Omena.
Enem aos quase 80 anos
Aposentado José Anildo tem mais de 70 anos e vai fazer o Enem 2024 em Alagoas
Reprodução/TV Gazeta
Outro candidato idoso de Alagoas é José Anildo Borges, que é aposentado e quer realizar o sonho de cursar agronomia. Ele retomou os estudos aos 79 anos por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA), e vai fazer o Enem.
“Eu pretendo ir em frente. Não vou desistir. Esse é meu objetivo. A pessoa, mesmo que tenha 90 anos, não desista dos seus objetivos”, afirmou.
O geriatra Denis Melo fala sobre a importância dos idosos se manterem ativos cognitivamente.
“Se manter ativo fisicamente, se manter ativo socialmente, e nesse caso, se manter ativo intelectualmente é muito importante. Estar em uma universidade, como a Dona Silvana, que com 60 anos de idade vai fazer o Enem junto com a neta, isso é formidável. Se ela entra em uma faculdade como muitos idosos estão fazendo, em uma fase mais tardia da vida, depois dos 50, 60 anos, isso gera contato social intergeracional. Você vai conviver com pessoas mais jovens, você vai ter acesso a novas tecnologias e você vai estar sempre se oportunizando um aprendizado novo. O cérebro da gente gosta”, disse o médico.
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