Acompanhada do cachorro, criança de 1 anos e 8 meses foi encontrada andando em avenida movimentada. Pais estavam dormindo e não viram bebê sair da casa. Vira-lata caramelo foi o “anjo da guarda” de bebê fujão e impediu que criança fosse atropelada
Reprodução/TV Liberal
Um vira-lata caramelo foi o herói improvável do caso do bebê de um 1 ano e 8 meses que fugiu de casa de madrugada e foi encontrado andando em na avenida Duque de Caxias, movimentada via de Belém, na quarta-feira (27).
Bebê de 1 ano foge de casa e é encontrado na rua acompanhado de cachorro caramelo, em Belém; VÍDEO
Bebê de 1 ano foge de casa e é encontrado na rua acompanhado de cachorro caramelo, no Pará
Em entrevista ao g1, Raimundo Carlos Castro, inspetor da Guarda Municipal que participou da ação de resgate da criança, contou que o cão que acompanhava o menino tratou de evitar que o bebê fosse para o meio da rua, o mantendo sempre no meio-fio, o que evitou que a criança fosse atingida por veículos. O momento em que a criança foi encontrada foi registrado em vídeo. Veja acima.
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“Me aproximei e vi que a criança estava indo para o meio da rua e o cachorro fazendo a proteção, não deixava o garoto ir no meio da rua. Puxava a criança pro meio fio. O cachorro que protegeu a criança”, relata.
Segundo o guarda municipal, ao que parece, tudo foi uma aventura entre o bebê e seu cachorro.
“Os pais, cansados do trabalho, chegaram e não trancaram a porta, que ficou semiaberta. O menino acordou e resolveu dar um passeio. O cachorro foi atrás e isso fez toda diferença para a criança ter saído ilesa”, diz.
Resgate
O agente conta que havia acabado de sair de uma ocorrência de assalto, e encaminhava o suspeito detido até a Delegacia de São Brás, quando foi acionado pelos colegas de trabalho que faziam o monitoramento de câmeras de segurança das ruas de Belém.
“Pelas câmeras, eles viram a criança sozinha na rua, e eu fui até o local checar. Ao chegar lá, o cachorro tentou impedir que os agentes se aproximassem, porque estava protegendo o menino. O garoto, no começo, ficou com medo, mas depois veio do meu colo”.
Bebê no colo do guarda municipal, sempre sob a vigilância do seu cachorro, fiel escudeiro
Reprodução/TV Liberal
O menino foi encontrado a cerca de 300 metros de casa. Ele estava sem roupa. Por isso, os guardas compraram fraldas e vestiram a criança. Os agentes também prestaram os primeiros socorros e verificam se havia hematomas ou algum sinal de violência, o que foi descartado.
“Paramos pra dar apoio, embora estivéssemos no meio de uma outra ocorrência. Não podemos deixar a situação no meio do caminho, ainda mais se tratando de uma criança”, diz Raimundo.
“São 32 anos de trabalho eu nunca tinha visto uma situação igual a essa”, diz o inspetor Raimundo Carlos Castro.
“Graças ao bom Deus, a equipe que trabalha comigo é e excelente, hábil e conseguimos reverter a situação. Achamos o pai e entregamos a criança as e salva. É de extrema importância para a minha vida que eu possa ajudar pessoas e a minha equipe é muito bem treinada”, celebra o guarda municipal, outro herói que garantiu o final feliz do episódio.
O reencontro
Em seguida, a equipe ligou sirene e giroflex e foi em busca de casas com portão aberto ou sinais de onde a criança poderia ter saído.
O portão da vila, na travessa do Chaco, próximo ao local onde a criança foi resgatada, estava aberto. O barulho da viatura acordou os moradores, dentre eles, os pais da criança.
“Não demorou muito para acharmos os pais. As pessoas logo vieram ver o que acontecia, e o pai do menino também apareceu”, relata.
Os pais do bebê não haviam percebido que ele havia fugido, e ficaram surpresos e agradecidos.
Em depoimento, eles relataram ter chegado cansados em casa, tomaram banho e dormiram e não perceberam que a criança acordou e saiu. O bebê e o cachorro foram entregues à família.
“Tem gente dizendo que foi negligência. Não é negligência, é cansaço. É uma família que batalha, muito humilde. O pai trabalha como chapista de carro de lanche, trabalha de madrugada. Eles chegaram cansados do trabalho e dormiram, esqueceram de trancar a porta. Então isso pode acontecer com qualquer família.”, diz o inspetor.
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