Pets que têm 25 e 30 cm de altura costumam apresentar questões na pele e nos joelhos, segundo médico veterinário. Veja cuidados necessários. ‘Casa Pet’: veja quais cuidados são específicos para cachorros de pequeno porte
Quem tem um cães de porte pequeno ou mini em casa garante: o que falta em tamanho, sobra em energia. Mas os “baixinhos” também exigem um pouco mais de atenção e cuidados, já que a altura pode trazer problemas de saúde.
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📏 O médico veterinário Adilson Ramos Júnior, de Campinas (SP), explica que os cães de pequeno porte são aqueles que têm entre 25 e 30 cm de altura e, em média, 5 kg. “São mais agitados, têm uma certa tendência a correr, brincar e pular mais”.
“Os problemas de saúde que regularmente a gente encontra aqui na clínica com esses cães de pequeno porte são as dermatites, os problemas de pele. Descamações, feridas, falta de pelo”, detalha.
🚿 Segundo o veterinário, cães menores tendem a ficar dentro de casa com uma frequência maior e, por isso, acabam tomando banho com mais frequência. O problema é que o curto intervalo entre as duchas pode se tornar ruim para a pele do animal.
“Mesmo que se use produtos adequados, indicados ao pet, a frequência muito alta pode causar desequilíbrio na pele desse animal e favorecer que microorganismos indesejáveis se aproveitem desse desequilíbrio e causem problemas de pele. No caso da otite, o excesso de banho, por cair água dentro do ouvido e não fazer a secagem adequada”, explica.
Cães de pequeno porte são mais agitados, mas tamanho pode trazer problemas de saúde
Edvaldo de Souza/EPTV
De olho nos dentes e joelhos
⚠️ Os problemas nos joelhos também são frequentes, segundo Ramos. “Esses cães, que são muito ágeis, costumam pular grandes alturas e subir e descer de camas e sofás com uma frequência bastante alta”, explica.
“Nos cães de porte pequeno nós vamos ver os problemas dentários, o acúmulo de sujeira que são os tártaros, o mau hálito, que provavelmente está relacionado com alimentação talvez inadequada, aonde o tutor acha que o dente é mais frágil e acaba proporcionando uma alimentação mais macia”.
Quais são os cuidados necessários?
1️⃣ Problemas de pele e otites: segundo o veterinário, a principal dica é espaçar os banhos. “Cães com pelo mais curto, talvez numa frequência maior, 20 dias, 15 dias. Cães com pelagens mais densas, aquele pelo que parece mais lanoso, pode fazer um banho a cada 30, 60, às vezes até mais tempo sem prejuízo para o cachorro”;
2️⃣ Tártaro: além da escovação diária, o especialista recomenda o uso de rações adequadas para o porte do animal. “O fabricante de ração estudou o formato, quão duro é aquele grão de ração para que o animal faça a mordida e, a hora que ele quebra aquele grão de ração, o próprio grão faz atrito com os dentes que ajuda na limpeza”;
3️⃣ Problemas no joelho: “para evitar problemas no joelho, seria adequado o uso de rampas, escadas ou até mesmo uma almofada não muito macia para ajudar que esse animal faça a escalada no sofá ou na cama. O ideal mesmo é que não ocorram esses pulos”, diz Ramos.
Florzinha, que ainda é filhote, está aprendendo a usar a escada ao lado da cama, segundo tutora
Edvaldo de Souza/EPTV
Seguindo à risca
🌼 A funcionária pública Elis Pedrini, de Monte Mor (SP), segue as recomendações à risca com as duas cachorrinhas que tem em casa, Docinho e Florzinha.
“A Florzinha tem 6 anos e nunca teve problema com tártaro, os dentes dela são branquinhos. A gente usa uma ração de pequeno porte por isso, onde o animal tem que mastigar a ração, ele vai morder. O ato de morder vai ajudar a limpar os dentes dela”, conta.
Para evitar problemas nos joelhos das pequenas, o sofá da casa está sempre cercado de almofadas, e há uma escada específica para as duas ao lado da cama.
“Se você gosta de pet, tenha, independente da raça. Mas que você cuide, porque um pet dá trabalho como se fosse um bebê, uma criança”, diz Elis.
VÍDEOS: assista às reportagens do quadro ‘Casa Pet’
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