Área já havia sido interditada no começo de março deste ano. Rio Branco tem mais de 60 áreas com risco de deslizamentos de terra após cheia do Rio Acre. Calçadão da Gameleira deve voltar a ser interditado por risco de erosão
O calçadão da Gameleira, no Segundo Distrito de Rio Branco, deve voltar a ser interditado por causa das rachaduras que apareceram no local após a enchente desse ano. De acordo com a Defesa Civil Municipal, a região voltou a apresentar riscos para quem transita por lá.
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👉 Contexto: o Rio Acre ficou mais de uma semana acima dos 17 metros e alcançou o maior nível do ano, de 17,89 metros, no dia 6 de março. Essa foi a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971. A maior cota histórica já registrada é de 18,40 metros, em 2015.
A área, um ponto turístico histórico da capital, já havia sido fechada para a circulação de pessoas no começo de março deste ano, após ser invadida pelas águas do Rio Acre e apresentar rachaduras.
“A cheia sempre vai afetar todas essas regiões. a partir do momento que nós temos a inundação e nós temos a retração das águas e essas águas saem, vai começar a aparecer uma série de problemas. um deles é o que nós já estamos presenciando aqui na Gameleira, que são rachaduras, fissuras e também deslizamento de terra”, explica o coordenador da Defesa Civil, Cláudio Falcão.
Rachaduras foram observadas no calçadão da gameleira
Defesa Civil Municipal
Falcão diz ainda que outros locais estão sendo monitorados. Rio Branco tem mais de 60 regiões em áreas de risco de deslizamentos de terra. A Defesa Civil estima que entre 17 mil e 19 mil pessoas vivam nessas áreas.
No caso da Gameleira, a interdição se torna ainda mais necessária por ser um local de grande circulação de pessoas.
” As pessoas transitam aqui nos finais de semana principalmente. É um local de muito público, você pode ter um acidente, esse acidente como já aconteceu em outros locais, pode ter uma fratura, uma fratura exposta, colocar realmente em risco isso. haja vista que aqui nós temos inclusive muitas crianças, pessoas idosas que transitam nessa região. para que isso não venha a acontecer, nós precisamos repetir o que nós já fizemos aí outros anos, que é isolar a área”, enfatiza.
Em 2023, o local já havia tido trechos interditados e passou por manutenção após apresentar avanço na erosão. A Secretaria Estadual de Obras Públicas (Seop) disse na época que mantinha os trabalhos preventivos para conter a erosão no local, detectada após a vazante do Rio Acre.
Colaborou Melícia Moura, da Rede Amazônica Acre
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