19 de setembro de 2024

Câmara de Mogi das Cruzes aceita pedido de cassação do mandato do prefeito Caio Cunha

Comissão Processante (CP) que foi montada durante a sessão desta quarta-feira (18) terá 90 dias para apurar as denúncias. Prefeito afirma que as acusações são totalmente infundadas. Câmara de Mogi das Cruzes aceita pedido de cassação do prefeito Caio Cunha
A Câmara de Mogi das Cruzes aceitou nesta quarta-feira (18) o pedido de cassação do mandato do prefeito Caio Cunha (PODE). Foram treze votos a favor, sete contra e uma abstenção. O prefeito Caio Cunha afirma que as acusações são totalmente infundadas (confira a nota completa abaixo).
A denúncia de nepotismo e outras irregularidades foi protocolada na Câmara por um professor que é candidato a vereador pelo PDT. Agora, a partir da notificação ao prefeito, a Comissão Processante (CP) que foi montada durante a sessão da Câmara tem 90 dias para apurar as denúncias.
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Participam da comissão os vereadores Marcelo Brás (Republicanos), Marcos Furlan (PODE) e Eduardo Otta (PODE). Os integrantes da comissão foram definidos por sorteio.
Pedido de cassação
Segundo a Câmara Municipal, são várias as denúncias de irregularidades, entre elas estão a nomeação de servidores públicos para cargos em comissão baseada em relações de amizade e proximidade com o prefeito, ignorando qualificações técnicas.
Vereadores votaram pedido de cassação do prefeito Caio Cunha de Mogi das Cruzes
Everton Dertonio/TV Diário
Um dos apontamentos foi o secretário adjunto de Governo, Rubens Pedro de Oliveira, que segundo o documento, não possui qualificação necessária para ocupar o cargo e foi beneficiado diretamente por conta da proximidade com Cunha.
Outras denúncias listaram a nomeação de esposas de políticos amigos de Cunha. Outro exemplo dado foi o de Marilu Beranger, que “não possui nenhuma qualificação em Educação ou Pedagogia” e mesmo assim é secretária de Educação do Município.
A denúncia mais grave, no entanto, foi a de nepotismo. Caio Cunha, prefeito da cidade, teria colocado para trabalhar em seu próprio gabinete a irmã, Isabella Alves de Jesus da Cunha. Seria essa uma contratação informal, uma vez que não há ato administrativo com sua nomeação, mas de acordo com o processo existem provas documentais e testemunhais que ela exerce função na prefeitura, como uma funcionária pública. A própria Isabella estaria se apresentando nas redes sociais como assessora de gabinete da Prefeitura.
O que diz Caio Cunha
Por meio de nota, o prefeito Caio Cunha afirmou que as acusações são totalmente infundadas. Confira o posicionamento na íntegra:
“O Prefeito Caio Cunha recebe a notícia com tranquilidade, pois sabe e reforça que as acusações são totalmente infundadas. Ainda declara que, mesmo não concordando, respeita a decisão da Casa Legislativa e está à disposição para todo e qualquer esclarecimento da comissão processante e de quem quer que seja.
A instauração de um processo de cassação a 17 dias da eleição evidencia a intenção política de desgastar o atual prefeito e candidato a reeleição. Inclusive o pedido foi protocolado por um candidato a vereador da oposição.
Para o Prefeito a situação não é novidade, pois já teve outros 4 pedidos de cassação. Inclusive o primeiro pedido foi analisado com menos de 1 mês de mandato, o que demonstrou a clara insatisfação de alguns com a mudança no cenário político da cidade.”
Caio Cunha diz que recebe a notícia do pedido de cassação com ‘tranquilidade’
Arquivo pessoal
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