Bandidos tentaram assaltar um casal em uma moto, mas um policial percebeu a ação. Momento em que criminosos tentam roubar moto e trabalhadores são baleados na Linha Amarela
Uma câmera de segurança registrou a tentativa de assalto na Linha Amarela que deixou 2 mortos no fim da madrugada desta terça-feira (18). Veja acima.
Duas vítimas, que estavam a caminho do trabalho, foram mortas por balas perdidas no tiroteio. As imagens mostram que bandidos, em um carro, abordam um casal que está em uma moto na Saída 6 da Linha Amarela, em Higienópolis, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Um policial, que estava no local, percebe a ação e atira na direção dos assaltantes. De acordo com a polícia, os bandidos trocaram tiro com o PM.
O agente tenta alcançar os criminosos, mas eles fogem. Um deles ficou para trás baleado na cintura.
Deborah Vilas Boas da Silva, de 27 anos, morreu em uma tentativa de assalto e tinha uma bebê de 7 meses
Reprodução
Os trabalhadores foram identificados como Deborah Vilas Boas da Silva, de 27 anos, e José Carlos Miranda, de 64 anos. Deborah tinha sido mãe há menos de um ano e estava trabalhando há um mês, depois de retornar da licença maternidade.
Um dos assaltantes foi preso. Alexsandro de Andrade Venâncio, de 24 anos, tinha uma passagem pela polícia por tráfico de drogas. Ele está internado sob custódia.
Horas após o tiroteio, o g1 voltou ao local do crime — que fica a menos de 100 metros da 21ª DP (Bonsucesso) — e conversou com uma testemunha que estava no local e viu toda a dinâmica. Por motivos de segurança, a testemunha não será identificada.
A testemunha disse que não é a primeira vez que assaltos com tiros acontecem na região.
“Eu cheguei aqui às 4h da manhã. O rapaz veio aqui me cumprimentar, o Téo, o policial, falou comigo, quando saiu para lá e começou o tiroteio. Por conta do tiroteio e das pessoas que morreram, eu passei mal, a minha irmã que mora aqui também desceu, aí me pegou aqui e me socorreu”, disse a testemunha”.
Morando no bairro há 43 anos, a testemunha relata a falta de segurança do bairro.
“Eu moro aqui há 43 anos. No momento, a situação está ficando muito violenta. Aqui, era muito bom, eu tinha carro na época, deixava a chave na ignição, nunca me aconteceu nada. Mas, agora, de uns anos para cá, o negócio está ficando horrível. É comum, ali no ponto do 315, que vai para a Barra, Recreio, ter assalto. Ali o negócio está feio”.