Ação será realizada neste sábado (8), às 9h, com início na Praça da Bandeira. Caminhada alerta sobre a necessidade de erradicação do trabalho infantil, em Presidente Prudente (SP)
Divulgação
Em comemoração ao Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, celebrado em 12 de junho, o Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil realizará neste sábado (8), às 9h, a 5ª Caminhada Não Leve na Brincadeira: Trabalho Infantil é Ilegal, em Presidente Prudente (SP).
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A ação sairá da Praça da Bandeira e, percorrendo o Calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei, terminará na Praça Nove de Julho, onde serão oferecidos à população serviços de:
exames e testes rápidos;
aferição de pressão arterial;
massagem;
hidratação facial;
orientação sobre uso de protetor solar;
orientação bucal; e
orientação de atividade física.
Além disso, haverá panfletagem e orientações sobre o trabalho infantil, bem como manifestações de atores sociais da rede de proteção municipal e de autoridades.
De acordo com o Fórum, o trabalho infantil não pode permanecer invisível e ser naturalizado pela sociedade, na medida em que, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, havia 1,9 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil no país, o que corresponde a 4,9% da população nessa faixa etária.
Os dados estatísticos revelam que esse contingente estava sendo reduzido desde 2016, quando havia 2,1 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho precoce, baixando a 1,8 milhão em 2019. Entretanto, o número voltou a crescer em 2022, com 1,9 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil.
Ainda conforme o Fórum, para erradicar o problema, o evento tem o espaço de sensibilizar a comunidade local de que o trabalho infantil configura grave violação de direitos humanos que rouba a infância de centenas de milhares de crianças e retroalimenta o ciclo perverso de pobreza e de miséria, que se perpetua e se transmite de geração em geração.
O órgão também reforça que o lugar de criança é na escola e, sobretudo, “que o trabalho infantil priva a criança de viver uma infância lúdica, ou seja, do direito de brincar, estudar e de desenvolver suas capacidades e habilidades para o pleno exercício da cidadania na vida adulta”.
“Ações dessa natureza ainda são necessárias para desconstituir mitos de que o trabalho desde a tenra idade dignifica e forma o caráter, pois, como os estudos demonstram, o que de fato transforma a vida de crianças e adolescentes em situação vulnerabilidade e os retira do ciclo vicioso de miséria e pobreza é a educação de qualidade, gratuita e de preferência em tempo integral”, informou o juiz coordenador do Juizado Especial da Infância e Adolescência (Jeia), Mouzart Luis Silva Brenes.
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